Imagem: R7 |
Michel Temer sinaliza ao governo Dilma que está rompendo com o PT e a base aliada, possivelmente em expectativa do impeachment da presidente. O vice-presidente enviou uma carta ontem ao Palácio do Planalto em que ele lista dez ocasiões nas quais percebeu que não recebia a confiança da presidente da república para suas ações, e chegou mesmo a afirmar que foi tratado como um "vice decorativo". Este movimento de Temer, em conjunto com a recente reunião do vice-presidente com líderes da oposição, demonstra o grave isolamento em que Dilma se encontra.
Em um momento no qual a oposição prepara Temer como um possível candidato à sucessão - já que ele seria naturalmente o próximo a assumir o cargo máximo do executivo, pela lei, caso Dilma caia - a movimentação do integrante do PMDB sinaliza uma eventual aliança com as forças que querem a derrubada do governo. Em um momento de grave fraqueza da presidente e do Partido dos Trabalhadores, as ações de Temer constituem um ferimento enorme no esquema estratégico do principal partido da esquerda nacional.
As ações de Temer não são o único prejuízo que o PT está sofrendo no momento: Renan Calheiros, aparentemente, também não quer mais proximidade com o governo Dilma, já que também está na linha de fogo das investigações sobre corrupção e provavelmente vai evitar uma confrontação direta com a oposição, preferindo se distanciar dos petistas para se preservar, ao menos enquanto o atual escândalo de corrupção se mantiver no foco da imprensa.
Fonte sobre:
O vice presidente e seu encontro com a oposição, que pode sinalizar uma aliança para o impeachment
A recente carta que provocou a ira dos petistas, que hoje abala o planalto
O distanciamento de Renan Calheiros, mais um golpe contra o governo Dilma
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