sábado, 11 de novembro de 2017

Joice Hasselmann - "Sarney coloca Operação Lava Jato em perigo"

Personalidades investigadas pela Operação Lava Jato e até mesmo José Sarney, senador aposentado e ex-presidente da república, estariam contribuindo para a indicação de novos chefes da Polícia Federal que podem acabar com a eficácia da campanha anti-corrupção - a jornalista Joice Hasselmann afirma, em vídeo disponibilizado no último dia nove, em seu canal oficial no Youtube, que "existe um lobby do PMDB para colocar figuras menos rigorosas no comando da Polícia Federal. A nova figura nomeada para comandar a PF foi escolhida com as bênçãos de padrinhos que assustam a população. Vem com as bênçãos de investigados na Lava Jato e de José Sarney".

Joice Hasselmann acrescenta: "a personalidade escolhida para substituir Leandro Daiello já chefiou a Polícia Federal no Maranhão e tem proximidade com a família Sarney. O próprio José Sarney foi pedir a Michel Temer, foi pedir pessoalmente ao chefe de Estado a indicação. Ninguém vai dizer: 'já que é o indicado do José Sarney, é corrupto'. Mas é claro, como disse Romero Jucá em áudio [divulgado pela Folha de S. Paulo], que a classe política tentará acordos com o intuito de barrar o prosseguimento da Operação Lava Jato. É claro que tanto os indivíduos ligados ao PMDB e ao PT, envolvidos na Lava Jato, quer colocar um freio na grande operação anti-corrupção, que fez uma verdadeira limpeza no Brasil".

A jornalista também denunciou esforços similares empreendidos por políticos como Renan Calheiros, que buscou, através da distorção do projeto das "medidas contra a corrupção", acabar com as possibilidades de investigação de desvios cometidos por integrantes dos poderes Legislativo e Executivo. Lideranças do PMDB como Romero Jucá e o próprio presidente, Michel Temer, também são acusados, por críticos da atual administração, de tentar expedientes para contenção das investigações, ou de elaborar acordos políticos e cogitar nomeação de aliados aos cargos mais importantes da Polícia Federal. O projeto defendido por Calheiros, no final do ano passado, poderia até mesmo levar à condenação de integrantes das forças policiais que investigassem políticos corruptos.

Hasselmann argumenta que "nenhum político irá, simplesmente, se entregar. Ha uma tentativa de colocar alguém 'mais amigável' ao grupo de lideranças do PMDB. A Polícia Federal já emitiu uma nota, 'desejando sorte' ao sucessor de Daiello, mas a corporação policial 'lembra que o governo ignorou uma lista' elaborada pela PF de possíveis sucessores, que seriam tão rigorosos quanto a última gestão".

Veja na íntegra - Joice Hasselmann discute tentativas de acabar com a Lava Jato através de nomeações de indivíduos favoráveis a políticos corruptos para cargos de comando da Polícia Federal:



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