Em segmento publicado ontem, dia 9, no canal oficial da Rádio Jovem Pan, no Youtube, o jornalista Felipe Moura Brasil discutiu a estratégia de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diante das acusações levantadas pela operação Lava Jato. Para o comentarista, "quanto mais Lula tenta acusar a justiça de parcialidade, mais fica destacada a falta de argumentos jurídicos da defesa. O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou mais um recurso de Lula contra Sérgio Moro".
A defesa do ex-presidente argumenta que o apartamento de luxo, no guarujá, identificado pela justiça como propina paga ao petista por grandes construtoras, não pertence a Lula. Os advogados do antigo chefe de Estado afirmam que Lula não recebeu qualquer imóvel das principais construturas que realizaram obras para o governo, durante a administração da principal figura do Partido dos Trabalhadores, e que as propriedades seriam, na realidade, de conhecidos do ex-presidente. A defesa também acusa o juiz Sérgio Moro de promover "perseguição política" contra Luiz Inácio Lula da Silva. A justiça, por sua vez, entendeu que o petista, de fato, foi beneficiado indevidamente pelas empreiteiras mais próximas ao governo.
Felipe Moura Brasil afirma: "Moro entende que as tentativas de Lula para afastá-lo do caso são 'mero diversionismo, e, embora sejam compreensíveis como estratégia de defesa, não deixam de ser lamentáveis, já que não encontram qualquer base fática, e também não têm base em argumentos minimamente consistentes, como visto pelo Egrégio Tribunal Regional Federal da Quarta Região'. A decisão desse mesmo TRF, de aumentar a pena do ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto de dez anos para 24 anos de reclusão, tornou ainda mais compreensível os gestos de desespero da defesa de Lula".
O jornalista acrescenta: "até o desembargador Leandro Paulsen, que havia absolvido Vaccari em duas apelações criminais, esclareceu que: 'neste processo, pela primeira vez, há declarações de delatores, depoimentos de testemunhas, depoimentos de outros réus, que, na época, não haviam celebrado qualquer acordo e, especialmente, provas de corroboração apontando acima de qualquer dúvida razoável no sentido de que Vaccari é autor de crimes de corrupção, especificamente descritos na inicial acusatória'. No caso do triplex do Guarujá, há muito mais do que declarações de delatores, depoimentos de réus e de testemunhas. Há também recibos, notas frias, contratos, planilhas de empreiteiras, emails dos corruptores, mensagens de SMS e até fotos do condenado, Lula, no apartamento". Lula foi fotografado realizando visita no imóvel que, de acordo com a acusação, foi entregue ao líder petista como forma de propina para favorecimento de algumas das principais empresas da construção civil em obras do governo.
Veja na íntegra - Felipe Moura Brasil discute estratégia da defesa de Lula:
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