sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Editorial - Na era do ISIS, ser cristão, mais do que nunca, é motivo de orgulho

O século XX foi a época mais sangrenta da História da humanidade, e não por acaso foi o século do nascimento dos totalitarismos - as "novas religiões" de Estado. O nacional-socialismo hitlerista, que se presumia a encarnação da ideologia cientificista-racista e o porta-estandarte da evolução eugênica do homem branco se mostrou a maior catástrofe que a Europa à oeste do Memel já viu. O socialismo soviético e suas cópias ao redor do mundo deixaram um saldo de mais de cem milhões de vidas humanas ceifadas em nome de "um futuro melhor", no prometido sistema sem classes do porvir - que nunca veio, mas exigiu e exige o preço de sua esperança em sangue, como uma dívida coletiva incalculável por um sonho nunca sequer tocado, como o mais terrível canto das sereias que alguém já ouviu neste vale de lágrimas que é o mundo moderno. No final do século sombrio, cresceu como um câncer a ideologia do islam político, que hoje termina o serviço de animalização de nações inteiras sob a força implacável do modelo totalitário, em uniforme novo - nada de "guardas vermelhos" ou "camisas pardas": o novo regime, não mais guiado por um "führer" ou por um "vozhd", é comandado por um "khalifa" e marcha sob o estandarte negro da shahada, com vestes negras que prometem apenas a morte. Em meio ao caos da "Fé Metastática" da qual fala o filósofo austríaco, apenas o cristianismo continua como fonte de esperança o orientação, que não se deixa levar por promessas malignas de um paraíso terreno às custas da dor dos dissidentes. É o cristianismo que motiva a caridade, o amor ao próximo e a luta contra as ideologias assassinas de hoje e de outrora, foi a igreja de Cristo que se levantou tanto na Polônia quando no Reich alemão contra Hitler, e viu seus filhos morrerem pela bravura, como modelos de justiça.

Jordan Matson, cristão voluntário na luta contra o ISIS
Imagem: www.cbn.com 
Nenhuma religião derrotou tantas tiranias quanto o cristianismo. Roma tentou matar até o último dos que acreditavam no Coliseu - Roma foi varrida do mapa, e a Igreja permanece. Hitler assassinou Dolfuss, perseguiu e humilhou os católicos como "seguidores de romanos degenerados", expulsou homens como Voegelin e Carpeaux - o ditador germânico morreu no bunker, com um tiro na cabeça, como inúmeras de suas vítimas. O comunismo soviético tentou varrer a cristandade do mapa - desabou sob sua própria miséria material e espiritual, deixando apenas a desilusão e o sabor amargo da derrota  nas línguas de seus bajuladores. Hoje, sobrevive apenas como uma ruína do que já foi em menos de meia-dúzia de países asiáticos, além de Cuba, rendendo-se à economia de mercado capitalista e ao crescimento da fé da Igreja. As promessas do messias se cumprirão: os grandes tiranos caem, um a um, enquanto a fé verdadeira sobrevive - "os glorificados serão humilhados; os humilhados serão glorificados".

O cristianismo motivou nações inteiras a levantarem-se contra o totalitarismo, e fez a mais oprimida das nações - a Polônia - não apenas colocar de joelhos a máquina de opressão marxista, como criar o mais próspero sistema capitalista que a Europa Oriental viu após as revoluções de 1989. O cristianismo criou liberdade, enquanto seus adversários levaram continentes de volta ao medievo - a liberdade gerou mais riqueza do que nunca, enquanto que a tentativa de sufocar o corpo místico de Cristo caminhou ao lado do desastre moral e social, quando não do morticínio desavergonhado.

Na década presente, ser cristão significa ser militante anticomunista, ser militante contra o totalitarismo islâmico, defender a liberdade religiosa, proteger minorias étnicas, proteger a liberdade individual, defender a família, defender a liberdade de imprensa - em resumo, defender a Civilização Ocidental, fundada pela mesma fé que os regimes da modernidade inúmeras vezes tentaram assassinar. Ser cristão na era do Estado Islâmico é resistir - é ser um porto-seguro da razão e da proteção ao indivíduo, da garantia de voz aos fracos, quando os movimentos de massa insistem em impor o nivelamento brutal. Ser cristão tornou-se, após o século XX, brandir o estandarte do progresso real, da prosperidade real, da mensagem de Deus pela frutificação e pela vida digna que a humanidade merece, enquanto os filhos espirituais destes tempos insistem em jogar o mundo nas trevas. Se, neste Natal, nesta data de comemoração do nascimento de Nosso Salvador Jesus Cristo, você se considera um cristão, orgulhe-se: sua causa é a do justos. Se há liberdade, prosperidade e justiça, ainda que poucas, neste mundo, é graças à fé que você professa.

Leia mais sobre os voluntários na luta contra o Estado Islâmico na CBN News e na CNN 


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