terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Dólar segue tendência de alta, após troca de ministro

O dólar segue a tendência de alta após a troca do ministro da fazenda Joaquim Levy por Nelson Barbosa. O mercado reagiu mal à indicação do novo ministro, administrador da linha desenvolvimentista esposada pelo Partido dos Trabalhadores - o modelo defendido por Barbosa favorece ampliação dos gastos estatais para o aquecimento da economia, ainda que o processo leve ao endividamento do Estado e à inflação. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta após o início do processo de impeachment de Dilma Rousseff, influenciada por possíveis mudanças nas políticas econômicas brasileiras, mas voltou a sofrer com a fuga de investidores para a moeda americana, que tende a crescer em valor em épocas de crise.
Imagem: G1

Conforme o portal de notícias G1, o dólar subiu hoje 0,44%, com cotação a R$3,887 às 15:33. O Brasil registrou um déficit primário de 19,567 bilhões de reais em novembro - o pior para o mês desde 2001, fato que agrava a situação do endividamento nacional: em outubro, o valor da dívida pública brasileira já era superior aos 2,68 trilhões de reais. Esses valores deverão ser ampliados até o fim dos jogos olímpicos, para os quais o governo está investindo importantes somas em obras de infra-estrutura. O estado do Rio de Janeiro também sofre com o endividamento, e foi rebaixado pela agência de classificação de crédito Fitch, junto com São Paulo e Santa Catarina.

As pressões para a desvalorização da moeda brasileira se tornam mais sérias com o aumento do salário mínimo: para 2016, já é anunciado o valor de R$880,00. A expansão dos valores pagos nos salários de todos os trabahadores (inclusive de servidores públicos) tende a ocasionar aumento dos preços ao consumidor e a prejudicar a já danificada confiança do mercado na capacidade de pagamento do governo. O novo ministro da fazenda anunciou, todavia, que pretende implementar reformas no sentido de conter os gastos públicos e possivelmente controlar a inflação, que superou os 10% em 2015, alcançando os maiores valores desde 2002.

Para ler mais sobre o aumento do salário mínimo em 2016, leia o site da revista Exame



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