segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Repórter alemão afirma: entre os governos inimigos, ISIS teme apenas a Israel

O jornalista alemão Jurgen Todenhofer, que foi um dos poucos a conseguirem cobrir os acontecimentos dos conflitos do Estado Islâmico nas regiões dominadas pela organização terrorista, afirmou que os soldados jihadistas temem ao exército de Israel mais do que todas as outras forças armadas envolvidas no atual conflito. O repórter passou dez dias nas áreas ocupadas pelo califado, e conseguiu sair ileso - o feito se deu graças a um salvo-conduto emitido pelos soldados extremistas.
 Tropas Israelenses conhecem guerra de guerrilhas
Imagem:www.cbn.com

Conforme o portal de notícias The Blaze, os soldados do Estado Islâmico "não aparentam temer os exércitos dos Estados Unidos ou da Grã-Bretanha". Os soldados jihadistas aparentam perceber as forças de defesa de Israel (IDF) como o único exército a oferecer uma ameaça concreta a seus projetos expansionistas. O jornalista argumenta que o grupo terrorista também entende Israel como uma nação que poderia ser capaz de enfrentar uma guerra de guerrilhas, pelas experiências da nação nos confrontos com o Hamas, o Hezbollah e o Fatah, muitas vezes em territórios urbanos, e com a necessidade de destruição de redes de túneis secretos construídos pelos extremistas islâmicos para movimentação de tropas e transporte de armas. 

Jurgen acredita que os soldados do ISIS percebam os Estados Unidos e os demais países ocidentais como um inimigo muito mais fácil, e até mesmo queiram que "os soldados desse país entrem no conflito, para que possam ser sequestrados e utilizados como ferramenta para chantagens ou extorsões". As tropas britânicas, por exemplo, não teriam "qualquer experiência em combates de guerrilha ou enfrentamento de estratégias terroristas".

O repórter acredita que o Estado Islâmico esteja preparando "a maior limpeza étnico-religiosa da História", especificamente contra judeus, cristãos e muçulmanos de orientação diferente da dos sunitas. Ele diz: "enquanto os terroristas do ISIS podem estar eventualmente dispostos a tolerar a presença de judeus e de cristãos através do pagamento da jizya [imposto especial que deve ser pago pelos não-muçulmanos, cujo não-cumprimento leva à execução do ´infiel´], o destino dos muçulmanos xiitas sob domínio do novo califado é a morte certa".

As informações trazidas por Jurgen Todenhofer  sugerem o motivo da mensagem enviada pelo líder da organização terrorista aos países ocidentais: o califa desafiou os Estados Unidos e Israel, ameaçando os judeus de extermínio em um áudio de 24 minutos espalhado nos sites ligados ao Estado Islâmico, no momento de fraqueza do grupo após a entrada da Rússia e da França no conflito, que levaram à retomada de territórios por parte de tropas do exército oficial da Síria.






Nenhum comentário :

Postar um comentário