sábado, 4 de março de 2017

Portal Menorah entrevista Jair Bolsonaro - líder afirma que "é acusado de tudo pela esquerda"

O veículo de comunicação conservador Portal Menorah, especializado em coberturas jornalísticas para a comunidade israelita brasileira, fez entrevista com Jair Bolsonaro, um dos principais líderes políticos de direita no Brasil. De acordo com Bolsonaro, seus opositores o acusam de ser simpáticos a ideologias totalitárias que, na opinião dele, estão mais próximas de posicionamentos adotados pela própria esquerda - como o sentimento anti-Israel, o antissemitismo militante e o socialismo ou estatismo. Um trecho da entrevista foi disponibilizado no perfil oficial do Portal Menorah no Facebook, e a entrevista deverá ser publicada na íntegra no próximo dia nove.

Jair Bolsonaro afirma: "me acusam de tudo. Sou chamado de fascista, de xenófobo, de misógino, de racista, de torturador. Uma das últimas calúnias contra mim é o título 'nazista' [nacional-socialista]. Quem me acusa são exatamente os militantes de esquerda. Qual foi o partido de Adolf Hitler? Foi o 'Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães' [esse era o título oficial do partido responsável pelo genocídio do povo judeu ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial - a agremiação era nomeada, em alemao, 'nationalsozialistische deutsche arbeiterpartei'. A abreviação 'nazista'  vem da junção das palavras alemãs para 'Nacional' e 'Socialista']. O que há, contra mim, para que se faça essa acusação? Uma declaração minha contra Israel? Um gesto [antissemita]? Não há nada que justifique essa acusação".

Bolsonaro argumentou, em outras ocasiões, que os partidos de esquerda apresentam, historicamente, posições antissemitas e racistas. O parlamentar conservador aponta que partidos importantes da esquerda brasileira oferecem apoio a organizações antissemitas ou neonazistas, como o Hamas, o Hezbollah e o Fatah. Esses grupos, que são lideranças do Estado palestino, foram acusados por veículos de comunicação como o Palestinian Media Watch de celebrar líderes nazistas, como o próprio Adolf Hitler. A saudação nazista é adotada por paramilitares dos partidos Hamas, Fatah e Hezbollah. Em outras ocasiões, a mídia controlada por esses grupos de tendência totalitária fez propaganda antissemita similar à realizada pelo regime nazista. Os mesmos movimentos apoiados por partidos da esquerda do Brasil também defendem abusos contra direitos de homosexuais e das mulheres, no Oriente Médio.

Na opinião do líder conservador, a difamação praticada pelas lideranças que o qualificam de "nazista" integra uma estratégia que tem por objetivo torná-lo malvisto em setores da sociedade brasileira - por exemplo, na comunidade israelita. Para Bolsonaro, a acusação é similar à que foi feita contra ele por ocasião "das greves de policiais do Espírito Santo, quando tentaram me associar aos militares em paralisação. Nós não temos que explicar essa acusação - eles é que têm de apresentar provas que justifiquem as coisas que estão dizendo".

Veja o trecho a entrevista, disponibilizado no perfil oficial do Portal Menorah no Facebook:


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