Em movimento classificado pela oposição como golpe de Estado, a Suprema Corte da Venezuela retirou poderes do parlamento e assumiu as funções do Poder Legislativo - anteriormente, eleito através do voto popular, com tendência contrária à do Poder Executivo dominado pelo chavismo. A oposição venezuelana denunciou, em mais de uma ocasião, a "militância judiciária" a favor da liderança do regime socialista - observadores internacionais como a OEA e a União Europeia também denunciaram a decisão da "juristocracia" chavista como a efetiva implementação de uma ditadura. O canal Terça Livre publicou ontem, dia 30, vídeo sobre a notícia do quadro mais recente da crise política da República Bolivariana.
De acordo com a reportagem, a conduta do judiciário venezuelano é similar - todavia, em escala muito maior - à do brasileiro, no que diz respeito à militância clara a favor de uma determinada corrente política. Apesar da tomada de posição clara, contrária aos movimentos que buscam a mudança de regime, na Suprema Corte do país latino-americano, no Brasil, o STF também adota uma postura de defesa da classe política, do "estamento burocrático" e do sistema ideológico que inclui políticas "de identidade", ações afirmativas, criminalização da atividade empresarial, defesa de organizações paramilitares ou terroristas de esquerda ou mesmo a proteção direta a figuras importantes da esquerda - como a ex-presidente Dilma Rousseff, que foi poupada, por sugestão de um dos integrantes da mais importante corte brasileira, da perda de direitos políticos, como penalidade até então exigida após decisão por impeachment. O Canal Terça livre denuncia que o judiciário brasileiro tenta, com cada vez mais clareza, tomar a função legislativa e minar os organismos representativos, necessários à democracia.
Ainda segundo a reportagem, a decisão da Suprema Corte será mantida "até que o parlamento retome a sua competência - ou seja, até que o Poder Legislativo decida aderir integralmente aos princípios ideológicos do socialismo chavista". A medida veio após uma sucessão de intervenções do Judiciário venezuelano contra o Legislativo, visando impedir que leis desfavoráveis ao regime socialista tivessem validade. Na prática, "o Legislativo já tinha perdido o poder de aprovar novas leis". A decisão mais recente apenas conferiu caráter formal ao "golpe" que expande o controle de Nicolás Maduro sobre o regime.
Veja na íntegra - canal Terça Livre aborda golpe de Estado na Venezuela:
Veja na íntegra - canal Terça Livre aborda golpe de Estado na Venezuela:
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