sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Árabes cristãos estão sendo perseguidos por maioria islâmica, nos campos de refugiados

Entre as comunidades de refugiados árabes na Alemanha, a minoria que segue o cristianismo está sendo perseguida e até mesmo sofrendo agressões físicas - o veículo de comunicação britânico Catholic Herald e o portal Jihad Watch, dos Estados Unidos, informam, em notícia veiculada hoje, que denúncias foram realizadas sobre espancamentos e destruição de símbolos religiosos utilizados pelos árabes cristãos. O Catholic Herald noticia que o mesmo tipo de perseguição realizada pela organização extremista Estado Islâmico na Síria e no Iraque está sendo copiada, nas áreas ocupadas pelos refugiados, na Europa. No Egito, a população árabe que segue a vertente copta do cristianismo também sofre perseguição similar.
Cardeal Rainer Woelki: religioso denuncia perseguição contra
os árabes cristãos
Imagem: Catholic Herald

Conforme o site jornalístico Jihad Watch, especializado em reportagens sobre o extremismo islâmico, "poucos religiosos corajosos o suficiente para realizar as denúncias fazem o que é necessário e falam sobre a questão, enquanto a maioria de seus colegas permanece em silêncio, o que apenas permite que o problema se torne ainda maior. Mas o que essas pessoas imaginam que vai acontecer quando os que agora perseguem os cristãos árabes estejam definitivamente assentados na Alemanha, como 'refugiados'? As pessoas que permanecem em silêncio acreditam que a perseguição vai parar? O que ocorre é que a Europa comete suicídio, publicamente". Ainda segundo o portal, o próprio Arcebispo de Colônia avisou que os refugiados cristãos estão sendo ameaçados  por refugiados integrantes da maioria sunita da fé corânica, que, na Síria e no Iraque, sofre grande influência da ideologia radical conhecida como "salafismo", adotada pelo Estado Islâmico.

De acordo com o Catholic Herald, o cardeal Rainer Woelki afirmou: "a preocupação está aumentando porque os políticos e as autoridades das agências de segurança não estão levando essas ameaças a sério. A perseguição aos cristãos nessas nações e entre a população síria e iraquiana é um tópico atual". Para o clérigo, "a Alemanha deve posicionar-se clara e favoravelmente à liberdade religiosa e ao direito à liberdade de consciência - isso é um direito que os próprios cristãos já tiveram, nas nações árabes que agora foram dominadas pelas organizações extremistas".

Ao mesmo tempo em que o cardeal divulgou essa denúncia, Gottfried Martens, pastor luterano, alertou um veículo de comunicação católico da Alemanha - o site "Katolisch" - sobre o aumento no número de gangues dedicadas à perseguição da minoria árabe cristã, nos centros de acolhimento a refugiados. O pastor avisou que os cristãos estão sendo proibidos de usar as cozinhas por serem acusados de "espalhar impureza", e que em outras ocasiões os cristãos são forçados a assistirem vídeos de decapitações, ou são espancados e têm seus símbolos religiosos roubados.

A agência de notícias Associated Press informou, no último dia dois, sobre a perseguição realizada no Egito contra estudantes árabes coptas e contra um professor membro da mesma comunidade religiosa. O professor foi preso e os estudantes foram proibidos de irem à escola após publicarem um vídeo criticando a decapitação de 21 cristãos coptas pelo grupo terrorista Estado Islâmico, na Líbia. As famílias dos jovens foram forçadas a sair de suas cidades. Na Alemanha, durante as festividades de natal, um grupo de cristãos ortodoxos de origem sérvia e montenegrina foi espancado por uma gangue de refugiados.

Organização Estado Islâmico é acusada pela União Europeia de genocídio contra os cristãos. A imagem acima é da decapitaçãode 21 cristãos coptas, feita pelo grupo, na Líbia. Cristãos também são perseguidos no Iraque e na Síria.
Imagem: Australian Broadcasting Corporation




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