domingo, 7 de fevereiro de 2016

Oficial da Homeland Security: Administração Obama ordenou que agência apagasse centenas de informações sobre extremistas islâmicos

De acordo com matéria publicada no portal de notícias Pamela Geller no último sábado, a administração Obama ordenou que oficiais do Department of Homeland Security - uma das principais agências de segurança dos Estados Unidos - apagasse dados de centenas de indivíduos ligados a organizações terroristas. A ordem foi dada em 2009, pouco antes de um atentado. A informação foi dada por Philip Haney, um dos fundadores do Department of Homeland Security, que chegou a avisar o Congresso dos Estados Unidos sobre a iminência de um ataque, antes do massacre de San Bernardino (cometido por indivíduos ligados ao Estado Islâmico), mas teve seu alerta ignorado e foi afastado de seu trabalho pelo executivo.
Administração Obama ordenou que dados sobre grupos
terroristas fossem apagados
Imagem: ABC News

De acordo com o site, o oficial da agência de segurança afirmou que "logo antes de um ataque importante, cometido no natal de 2009, eu recebi uma ordem de meus superiores para modificar ou deletar algumas centenas de fichas de indivíduos ligados a grupos terroristas islâmicos como o Hamas de uma importante base de dados federal, a Treasury Enforcement Communications System. Essas informações são necessárias nas investigações para ligar um indivíduo a outro, e identificar a rede de militantes. Todos os dias, os oficiais do DHS, na alfândega, observam a entrada e saída de pessoas ligadas a grupos extremistas, e tentam verificar padrões. Promover a destruição desses registroas acaba com as possibilidades de identificar os indivíduos ou grupos - o que é ainda pior, eu e meus colegas fomos até mesmo proibidos de colocar novas informações sobre esses grupos na base de dados".

O oficial, que havia alertado o governo dos Estados Unidos sobre a iminência de um atentato, antes do episódio ocorrido na Califórnia, disse ainda que "depois de deixar minha carreira de 15 anos na Homeland Security, eu não posso mais permanecer em silêncio sobre a situação perigosa em que se encontra a estratégia de contra-terrorismo da América, diante da vontade de nossos líderes de sacrificar a segurança dos cidadãos americanos em nome da ideologia 'politicamente correta' - essa irresposabilidade tem consequências, e elas estão surgindo na forma de nossa vulnerabilidade diante de assassinatos em massa [como o episódio de San Bernardino, onde o grupo responsável pelo crime foi identificado como uma célula do Estado Islâmico]". O ex-integrante da DHS afirmou, em 2015, ao site jornalístico World Net Daily, que a campanha de proteção ao fundamentalismo, feita pela administração Obama, tinha como justificativa "a proteção aos 'direitos civis' dos indivíduos investigados.
Philip Haney, afastado de seu trabalho no Homeland Security após avisar Congresso sobre ataque, pouco antes do
atentado em San Bernardino
Imagem: Jihad Watch

Para Philip Haney, "em uma época na qual o número de atentados aumenta, o tipo de informação que o governo Obama destrói é exatamente aquele que, caso seja verificado a tempo, pode prevenir ataques como os que foram levados a cabo por Faisal Shahzad (em maio de 2010), por Rahim Alfetlawi (em 2011) ou pelos irmãos Tsarnaev (em Boston, em 2013)". Antes do atentado de 2015 cometido na Califórnia, o DHS havia identificado o grupo ao qual o casal de assassinos pertencia como uma ameaça - quatro indivíduos ligados à mesquita de Syed Rizwan Farook e Tashfeen Malik haviam sido detidos por prepararem um ataque à uma base norte-americana no Afeganistão, em 2012, mas o governo federal impediu que as agências de segurança conduzissem investigações necessárias para impedir a ação terrorista.


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