Mufleh Abu Azra, ex-integrante do grupo terrorista Hamas, ligado à chamada "resistência palestina", foi morto lutando em Trípoli, na Líbia, como soldado do grupo Estado Islâmico. O ISIS divulgou imagens do extremista antes e depois de sua morte, descrevendo como o ex-integrante do Hamas foi abatido em combate. Os parentes de Mufleh Abu Azra afirmaram que o palestino perdeu sua vida combatendo uma milícia contrária ao grupo Estado islâmico - a notícia reforça as suspeitas de que organizações terroristas palestinas e o ISIS estão se aliando para cometer atentados terroristas. A informação foi divulgada hoje pelo portal norte-americano Breitbart.
Mufleh Abu Azra: ex-soldado do Hamas, passou a servir no Estado Islâmico, na Líbia. Imagem: Breitbart |
De acordo com o site de notícias, "Abu Azra viveu na cidade palestina de Rafah, tinha 33 anos e já tinha sido condenado a dois anos de cadeia - permaneceu detido entre 2002 e 2004 por tráfico de armas, conforme o relato de oficiais das forças de segurança de Israel aos correspondentes do Breitbart em Jerusalém. Em 2005, após ser solto, Mufleh Abu Azra ingressou na organização terrorista Hamas, onde atuou como um de seus soldados. Posteriormente, ele deixou o Hamas e passou a fazer parte de grupos ainda mais violentos, como o movimento salafista Jund Ansar Allah, que tentou cometer um ataque contra uma base militar israelense próxima à Faixa de Gaza, em 2009, usando 'cavalos-bomba'. O grupo também realizou um ataque com bombas ao Instituto Cultural Francês, em Gaza, em 2014".
Ainda em 2014, Mufleh Abu Azra deixou a Faixa de Gaza e entrou para o grupo terrorista Estado Islâmico, na península do Sinai, pouco antes de ser enviado para combater a favor da expansão do califado, na Líbia. O portal Breitbart divulga uma das mensagens oficiais de propaganda do grupo Jund Ansar Allah, no qual Abu Azra serviu antes de se tornar combatente do ISIS: "os militantes devem tentar matar um apóstata americano ou europeu, ou ainda especialmente um dos franceses, desprezíveis e impuros, cidadãos dos países que se uniram contra o Estado Islâmico - tenham fé em Deus".
Segundo a reportagem publicada pelo portal Breitbart, "aproximadamente 100 palestinos [ligados aos grupos extremistas locais] foram identificados como soldados do Estado Islâmico na Síria, no Iraque e na Líbia. Ao longo dos últimos três anos, ao menos trinta indivíduos originários da Faixa de Gaza foram mortos em combate, servindo como combatentes do ISIS, nos mesmos países".
Conforme matéria publicada no jornal Times of Israel, no ano passado, os grupos Hamas e Estado Islâmico cooperam, no Egito, em operações de tráfico de armamentos. O Estado Islâmico também busca manter uma relação de proximidade com o Hamas porque tem como objetivo estabelecer uma "província" na península do Sinai ("Wilayat al-Sina") - em sua expansão, o ISIS já criou organizações similares na Somália, Nigéria e no Cáucaso, através do recrutamento de extremistas chechenos. A cooptação de jovens na região do Levante levou autoridades jornanianas a pedirem por mudanças nas estratégias de propaganda dos governos da região - o ministro da cultura da Jordânia, Sabri Rheihat, emitiu um alerta sobre a os efeitos da propaganda extremista sobre os adolescentes: em 2015, mais de 4.000 rapazes do país vizinho de Israel ingressaram nas fileiras do Estado Islâmico.
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