terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Em vídeo: prefeito alemão é vaiado após sugerir que meninas "não provoquem os refugiados"

Um vídeo publicado no Youtube ontem, dia 1, mostra a reação enfurecida da população da cidade de Bad Schlema à sugestão dada pelo prefeito em um pronunciamento para a prevenção de novos ataques sexuais: o político sugeriu que as meninas alemãs "não andem nos bairros dos refugiados" e "não provoquem" os asilados. O representante do governo foi respondido com gritos de "quem o elegeu?" pelo auditório - não é a primeira vez que um porta-voz do Estado alemão faz uma recomendação similar: no começo do mês, autoridades sugeriram que as mulheres "evitem proximidade com gangues árabes" e "evitem andarem sozinhas".
Governo alemão pede que mulheres adotem "código de
conduta" para prevenção de ataques sexuais
Imagem: http://goo.gl/Wf4QrW

De acordo com o portal de notícias pamelageller.com, o político teria dito, no pronunciamento, que os homens alemães "também podem ser um problema". Após a sugestão para "evitarem certos bairros" e de "não provocarem os refugiados", o prefeito foi recebido com exclamações da população, como "No seu próprio país? Não podemos andar andar em nossas próprias ruas!". O político avisou que, caso as críticas exaltadas às suas palavras continuassem, a polícia poderia ser convocada para acalmar os cidadãos indignados.

Ainda conforme o site jornalístico, a confusão foi iniciada após uma pergunta feita ao prefeito Jens Müller, integrante do partido União Democrática Cristã, de Angela Merkel, por um dos homens presentes no auditório. O cidadão teria questionado: "eu tenho uma pergunta sobre a escola... sobre as aulas de Educação Física na escola. Minha neta, ela tem menos de dez anos - isso também está acontecendo nas cidades vizinhas, isso mesmo - as meninas estão sendo assediadas pelos filhos dos refugiados, pelos asilados. Elas estão sendo assediadas através das janelas e em situações similares. Como as coisas vão ser nesse verão? Como vai ser quando as meninas estiverem em roupas de verão?". À pergunta, o prefeito respondeu: "é fácil: não provoque [os refugiados] e não ande por essas áreas".

Após a resposta, a plateia se enfureceu contra o político, e passou a lançar respostas sarcásticas e em desgosto pela atitude do representante eleito. O avô, que fez a pergunta, afirmou: "ah sim, vamos manter a distância de um metro - é tudo tão fácil. Você não pode mais andar na sua cidade. Vá para casa, garoto, quem o elegeu? Os refugiados vêm para cá e nós não podemos mais andar nas ruas". Uma mulher afirmou: "que tipo de prefeito é esse? Ele deveria abandonar o cargo". Um homem afirmou: "eu já estava pensando em me mudar". O prefeito teria acrescentado, após o evento, que "a população deve encontrar rotas alternativas para os ginásios, para evitar problemas com os refugiados. As meninas podem encontrar caminhos alternativos". Dirante a confusão, um cidadão enfurecido teria também dito palavras ofensivas e acrescentado que "Não importa! Não podemos deixar nossas crianças serem forçadas a usar 'rotas alternativas'".

Assista ao vídeo no qual a plateia se enfureceu contra o prefeito que pediu que as moças alemãs "não provoquem os refugiados":


O prefeito ainda disse: "vocês pensam que não existe assédio sexual cometido por alemães?". À provocação, a plateia respondeu: "o problema não tem absolutamente nada a ver com isso. Se um alemão comete um crime como esses, ele vai para a cadeia -  há prisão para os tarados. Mas eles, os refugiados, não vão para a cadeia".

Desde o início do ano, mais de 500 crimes cometidos por refugiados foram registrados na Alemanha. 40% das ocorrências
foram ataques sexuais contra mulheres - população, que vê conivência das autoridades, se volta contra políticos
Imagem: Sputnik News
No dia 6 de janeiro deste ano, a prefeita da cidade de Colônia (que registrou mais de 200 ataques sexuais), Henriette Rekker, sugeriu que as mulheres da cidade "tomassem cuidado com as gangues árabes" e "evitassem sair de casa sem um grupo". O governo alemão, além de pedir que as mulheres não saiam sozinhas, disse que seria necessário adotar um "código de conduta" para prevenir ataques. A onda de crimes cometidos pelos refugiados afetou outros países europeus, como a Áustria, Suíça, Suécia e França.

Veja o mapa da série de ataques sexuais na Europa, durante as festividades de ano novo - mais de cinco países registraram episódios similares

Governo alemão classificou denúncias de crimes cometidos pelos refugiados como "discurso de ódio".

Garota alemã que denunciou ter sido vitimada em agressão sexual foi chamada de "racista", após expor o caso


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