sábado, 19 de março de 2016

Movimento antissemita jordaniano afirma que "Israel está envenenando o sangue de crianças palestinas"

Murad Kadi, um dos líderes jordanianos da campanha "BDS" - movimento que adotou o nome 'boicote, desinvestimento e sanções', dedicado à promoção de mensagens hostis ao Estado de Israel - realizou conferência onde declarou que a nação judaica está "envenenando o sangue das mulheres e das crianças palestinas". A notícia sobre as novas declarações antissemitas do "BDS" foi divulgada no site jornalístico norte-americano Breitbart, no último dia 17, e pelo site do jornal israelense Jerusalem Post, no dia 16.
Imagem: Abbas Momani / AFP / Getty / Breitbart

Conforme o Breitbart, "Murad Kadi afirmou que deve-se 'condenar Israel' por fomentar a 'contaminação' do sangue das crianças palestinas. As declarações de Kadi foram dadas como parte da nova campanha 'shame on you' [que pode ser traduzida como 'tenha vergonha'], estimulada pela 'boicote, desinvestimento e sanções' na Jordânia".

O veículo de comunicação informa que "Kadi fez as insunuações sobre o envenenamento na última terça-feira, na qual organizadores da campanha 'BDS' deram uma conferência à imprensa na cidade de Amman, no país árabe. Durante o evento, os militantes contrários a Israel pediram por um boicote completo aos bens produzidos no Estado vizinho e enfatizaram que não concordam com a política adotada pelo governo jordaniano, que evita hostilidades intensas contra o país atacado pelo 'BDS'. Representantes da organização disseram que 'a guerra econômica não é menos importante do que a disputa militar'".

Ainda segundo o portal de notícias, "Murad Kadi, um dos integrantes da campanha, enfatizou que fornecer 'apoio' aos 'invasores' e a busca pela normalização das relações com o Estado de Israel são atitudes que equivalem a 'pagar pelas munições que serão usadas para assassinar palestinos inocentes'. Kadi acrescentou que "a BDS tem o objetivo de alertar mercadores e outros cidadãos a respeito dos perigos de uma aproximação com um inimigo que está contaminando o sangue de crianças e mulheres nas zonas ocupadas da Palestina".

A reportagem, originalmente disponibilizada no Jerusalem Post, assegura que, apesar dos esforços do movimento antissemita, "investidores da região estão rejeitando a propaganda. A atual campanha, que Murad Kadi tentou estimular com seu discurso, teve início em janeiro de 2013, mas não obteve grande sucesso com o público jordaniano. Fidaa Ramhi, um dos ativistas da campanha, afirmou: 'inicialmente, a iniciativa teve dificuldades porque muitos comerciantes fecharam suas portas para nós. Agora, a situação é bem diferente: nós vemos nossos adesivos colados em bens produzidos em Israel, em entradas de lojas, em carros e em casas'. O movimento de boicote classifica como 'sionistas' empresas como o Mcdonald's, a Pizza Hut, a Pepsi, a Nestlé e a Nike".

Integrantes jordanianos da iniciativa BDS acusam Israel de "envenenar o sangue de mulheres e crianças palestinas".
Imagem: https://goo.gl/fuKc3S
Apesar da atividade de grupos dedicados à propaganda antissemita na região, o governo da Jordânia, ao menos oficialmente, condena iniciativas de promoção do ódio como a conduzida pelo movimento 'BDS'. A monarquia árabe é considerada um aliado importante da OTAN e dos Estados Unidos na região do Levante, e já expressou preocupação com a propaganda racista voltada para jovens, financiada por grupos terroristas como o Hamas, o Hezbollah e o Estado Islâmico.




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