A República Bolivariana da Venezuela irá aumentar em três dias o feriado de páscoa - a medida foi adotada para poupar o sistema de fornecimento de energia elétrica do país, que está em situação crítica e já forçou o regime socialista de Nicolás Maduro a reduzir até mesmo as horas de atividade de estabelecimentos como centros comerciais, em fevereiro deste ano. A severa crise energética é mais um capítulo da crise econômica que varre o sistema "socialista do século XXI" fundado por Hugo Chávez: a república também registra escassez de diversos serviços e bens essenciais, como os alimentos. A notícia sobre a nova medida de racionamento de eletricidade foi divulgada hoje pelo site de notícias norte-americano World Net Daily.
Regime socialista de Nicolás Maduro sofre com grave crise enegética Imagem: site Forças Terrestres |
Conforme o WND, "os cidadãos venezuelanos irão 'aproveitar' um feriado de páscoa estendido, graças à severa crise energética que forçará o regime socialista a 'desligar o país' por cinco dias. O presidente Nicolás Maduro garantiu a todos no país mais três dias de folga no trabalho, na próxima semana. O objetivo da adoção do 'recesso' é aliviar a pressão sobre o sistema de fornecimento de energia elétrica da Venezuela".
Na opinião de William Murray, porta-voz da organização não-governamental Religious Freedom Coalition, "a razão pela qual estão ocorrendo cortes no fornecimento de energia elétrica e que explica o 'aumento' no número de dias do feriado de páscoa venezuelano é a adoção, por parte do regime, de políticas de planificação da economia e de fornecimento 'gratuito' de inúmeros serviços, o que, em primeiro lugar, não garante a cobertura dos gastos necessários para a execução dos serviços e também gera, em decorrência do aumento significativo da demanda - uma vez que os preços são mantidos artificialmente mais baixos -, uma 'sobrecarga' no sistema e, eventualmente, a escassez, como se dá em outros setores da economia do país sul-americano". Murray também critica as propostas do pré-candidato Bernie Sanders, que, caso venha a ocupar a Presidência, irá adotar políticas socialistas - para o integrante da Religious Freedom Coalition, o modelo proposto pelo Democrata é similar ao venezuelano, no uso de subsídios estatais para reduzir artificialmente os preços de produtos. Sanders é o único na disputa que se declara abertamente favorável aos modelos econômicos socializantes, e já expressou simpatia pelo regime de Fidel Castro.
O World Net Daily informa que "o governo socialista venezuelano racionou eletricidade e água durante meses, e encorajou cidadãos a evitarem o desperdício desses recursos. Além de sofrer com a crise econômica, o país está passando por um período longo de secas, que reduziu significativamente os níveis dos reservatórios das hidrelétricas, que são as principais fornecedoras de energia para as cidades venezuelanas". Para William Murray, todavia, não importaria que as represas estivessem com os reservatórios em níveis elevados, "porque os preços continuariam a induzir a um consumo para além da capacidade real da infraestrutura energética", o que necessariamente levaria a novos períodos de racionamento.
O especialista argumenta: "é considerado um 'direito' do povo o acesso irrestrito à eletricidade: em consequência da ausência de um preço realista, a única forma de adequar o consumo à realidade é forçar desligamentos de todo o sistema. No fim, o governo é forçado a dizer aos súditos que 'eles não poderão mais ter eletricidade'. Se você não paga por alguma coisa, você não precisa arcar com os problemas necessários para a aquisição do produto ou serviço - normalmente, eles se convertem no preço. Como a pessoa em um sistema desse tipo não irá arcar com os custos, ela simplesmente não terá uma informação econômica imediata e mensurável que a levará a regular a si mesma" - de forma que o restante da sociedade acabará por sofrer com esse comportamento através das famosas crises de escassez que afligem e afligiram todos os regimes socialistas, desde a extinta União Soviética até a Coreia do Norte.
Vídeo - reportagem da BBC sobre a crise de abastecimento no país socialista. Cidadãos enfrentam filas gigantescas e escassez de produtos básicos, como alimentos:
No dia 8 de fevereiro, o portal de notícias Free Republic divulgou reportagem sobre a campanha de racionamento que forçou comerciantes venezuelanos a reduzirem o expediente a quatro horas por dia - trabalhadores e proprietários de estabelecimentos protestaram contra a pesada perda na produtividade e nos rendimentos, que já são reduzidos em decorrência da situação da economia "bolivariana". No terceiro trimestre de 2015, a economia do país chefiado por Nicolás Maduro encolheu 7,1% - em setembro do mesmo ano, a inflação alcançou o patamar de 141%. A estimativa do Banco Mundial é que a Venezuela registre uma inflação de 204% no final de 2016.
Na opinião de William Murray, porta-voz da organização não-governamental Religious Freedom Coalition, "a razão pela qual estão ocorrendo cortes no fornecimento de energia elétrica e que explica o 'aumento' no número de dias do feriado de páscoa venezuelano é a adoção, por parte do regime, de políticas de planificação da economia e de fornecimento 'gratuito' de inúmeros serviços, o que, em primeiro lugar, não garante a cobertura dos gastos necessários para a execução dos serviços e também gera, em decorrência do aumento significativo da demanda - uma vez que os preços são mantidos artificialmente mais baixos -, uma 'sobrecarga' no sistema e, eventualmente, a escassez, como se dá em outros setores da economia do país sul-americano". Murray também critica as propostas do pré-candidato Bernie Sanders, que, caso venha a ocupar a Presidência, irá adotar políticas socialistas - para o integrante da Religious Freedom Coalition, o modelo proposto pelo Democrata é similar ao venezuelano, no uso de subsídios estatais para reduzir artificialmente os preços de produtos. Sanders é o único na disputa que se declara abertamente favorável aos modelos econômicos socializantes, e já expressou simpatia pelo regime de Fidel Castro.
O World Net Daily informa que "o governo socialista venezuelano racionou eletricidade e água durante meses, e encorajou cidadãos a evitarem o desperdício desses recursos. Além de sofrer com a crise econômica, o país está passando por um período longo de secas, que reduziu significativamente os níveis dos reservatórios das hidrelétricas, que são as principais fornecedoras de energia para as cidades venezuelanas". Para William Murray, todavia, não importaria que as represas estivessem com os reservatórios em níveis elevados, "porque os preços continuariam a induzir a um consumo para além da capacidade real da infraestrutura energética", o que necessariamente levaria a novos períodos de racionamento.
O especialista argumenta: "é considerado um 'direito' do povo o acesso irrestrito à eletricidade: em consequência da ausência de um preço realista, a única forma de adequar o consumo à realidade é forçar desligamentos de todo o sistema. No fim, o governo é forçado a dizer aos súditos que 'eles não poderão mais ter eletricidade'. Se você não paga por alguma coisa, você não precisa arcar com os problemas necessários para a aquisição do produto ou serviço - normalmente, eles se convertem no preço. Como a pessoa em um sistema desse tipo não irá arcar com os custos, ela simplesmente não terá uma informação econômica imediata e mensurável que a levará a regular a si mesma" - de forma que o restante da sociedade acabará por sofrer com esse comportamento através das famosas crises de escassez que afligem e afligiram todos os regimes socialistas, desde a extinta União Soviética até a Coreia do Norte.
Vídeo - reportagem da BBC sobre a crise de abastecimento no país socialista. Cidadãos enfrentam filas gigantescas e escassez de produtos básicos, como alimentos:
No dia 8 de fevereiro, o portal de notícias Free Republic divulgou reportagem sobre a campanha de racionamento que forçou comerciantes venezuelanos a reduzirem o expediente a quatro horas por dia - trabalhadores e proprietários de estabelecimentos protestaram contra a pesada perda na produtividade e nos rendimentos, que já são reduzidos em decorrência da situação da economia "bolivariana". No terceiro trimestre de 2015, a economia do país chefiado por Nicolás Maduro encolheu 7,1% - em setembro do mesmo ano, a inflação alcançou o patamar de 141%. A estimativa do Banco Mundial é que a Venezuela registre uma inflação de 204% no final de 2016.
Nenhum comentário :
Postar um comentário