quinta-feira, 31 de março de 2016

Reportagem afirma que agência Associated Press colaborou com regime Nazista

Prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz: regime nazista foi responsável pelo genocídio de seis milhões de judeus. De acordo com o portal Times of Israel, a agência AP auxiliou o esforço de propaganda antissemita de Hitler.
Imagem: Reuters / Breitbart
Conforme o veículo de comunicação Times of Israel, a agência de notícias Associated Press colaborou ativamente com o regime nacional-socialista, estabelecido por Adolf Hitler na Alemanha na década de 1930 - a AP teria sido autorizada a permanecer no país sob comando nazista desde que se comprometesse a produzir material para propaganda do sistema totalitário. A informação foi divulgada pelo site israelense ontem, dia 30, e também foi publicada pelo portal jornalístico norte-americano World Net Daily.

De acordo com o WND, "a agência de notícias Associated Press colaborou ativamente com a Alemanha nacional-socialista, submetendo-se às regras estabelecidas pela ditadura contra a liberdade de imprensa e fornecendo ao governo imagens de seus arquivos fotográficos para uso em peças de propaganda antissemita e anti-ocidental". A AP é apenas uma das diversas empresas que são acusadas de terem auxiliado o regime nazista: a Bayer trabalhou na produção do gás Zyklon B, veneno utilizado no genocídio de mais de dez milhões de pessoas nos campos de concentração, incluindo seis milhões de judeus e outros cinco milhões de comunistas, homossexuais, testemunhas de Jeová, ciganos, eslavos e opositores do nacional-socialismo. A Hugo Boss colaborou com a produção dos uniformes oficiais dos paramilitares a serviço to totalitarismo hitlerista, incluindo na fabricação das roupas de integrantes dos altos postos das SS.

Na reportagem do Times of Israel, escrita pelo repórter Raphael Ahren, consta que "quando o partido nacional-socialista de Hitler subiu ao poder, em 1933, todas as agências de notícias internacionais foram forçadas a sair da Alemanha, com exceção da Associated Press. A AP permaneceu na Alemanha até 1941, ano em que os Estados Unidos entraram na guerra, a favor dos aliados. Para a historiadora Harriet Scharnberg, a maior agência de notícias do mundo só foi autorizada a permanecer no país controlado pelo nacional-socialismo porque entrou em um acordo com o regime".

Ainda de acordo com o veículo de comunicação israelense, "a agência de notícias perdeu o controle sobre suas publicações quando decidiu se submeter à 'lei dos editores' ['Schriftleitergesetz', ou a lei de censura vigente na Alemanha durante o regime nazista] - a legislação forçou a AP a não publicar qualquer material 'destinado a reduzir a força do Reich em seu território ou em outros países'. Esse entendimento a respeito da postura da Associated Press foi publicado por Harriet Scharnberg no periódico acadêmico Studies in Contemporary History".

O Times of Israel afirma que "as informações provenientes da pesquisa da historiadora também foram publicadas pelo jornal britânico The Guardian. Para o jornal, a regulamentação nazista conhecida como 'lei dos editores' forçou empregados da AP a contribuirem com material para a propaganda do partido nazista. Um dos quatro fotógrafos que trabalhavam para a empresa, um indivíduo chamado Franz Roth, era membro da divisão de propaganda das SS. As imagens produzidas pelo integrante da organização paramilitar eram escolhidas a mão por Hitler".

O portal jornalístico acrescenta: "as imagens da AP foram usadas em diversas publicações de propaganda do regime nazista. A maioria das fotos usadas em um panfleto chamado 'os judeus nos Estados Unidos' foram fornecidas pela AP. Em uma publicação diferente, chamada 'o sub-humano', a AP foi a segunda maior fornecedora de fotografias, de acordo com a pesquisa da historiadora Harriet Scharnberg. É possível argumentar que o acordo da AP tenha permitido ao ocidente obter informações de dentro do sistema totalitário - o Guardian sugere que a agência possibilitou 'uma olhadela para dentro de uma sociedade repressiva que, de outra maneira, ficaria completamente protegida da observação ocidental'. Todavia, o acordo permitiu aos nazistas esconderem seus crimes. A cooperação com a agência de notícias prestigiosa possibilitou à tirania retratar 'sua guerra genocida como uma guerra convencional', na opinião de Harriet Scharnberg".

Reportagem - pesquisa de Harriet Scharnberg argumenta que agência de notícias auxiliou esforços de propaganda do regime nazista e chegou a empregar oficial das SS:




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