Com poucos dias de mandato, o novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, já cortou impostos para exportação de uma série de produtos agrícolas, incluindo a carne, milho, soja e promete fazer o mesmo até para alguns produtos industriais, com o objetivo de expandir a produção nacional e reduzir preços. A medida visa, conforme o periódico americano Wall Street Journal, "dobrar a produção de alimentos no país". Ainda conforme o jornal, Macri está passando aos fazendeiros do
país a mensagem: "essa é a hora, vamos produzir". Consultores afirmam que a produção poderá alcançar 180 milhões de toneladas de grãos até 2025.
Imagem: www.casarosada.gob.ar |
A agência Deutsche Welle afirma que Macri tem por objetivo aproveitar a baixa cotação do peso para efetivar o projeto de expansão da produção industrial e agrícola do país. O periódico noticia que Macri pretente "não mais pensar em termos de 'agricultura contra indústria'", mas de promover o desenvolvimento "da agricultura e da indústria, agricultura e o país". O presidente está convencido de que é possível "aumentar a produção de milho, de carne, de tudo que nós somos capazes". A política de redução de impostos contraria a adotada ao longo do governo peronista da família Kirchner, que manteve um isolamento em relação à economia internacional através de barreiras protecionistas - aplicadas inclusive contra o Brasil - e maiores impostos criados para dificultar a exportação. O país passou os últimos mandatos de esquerda sofrendo com crises de desabastecimento e inflação alta, de maneira similar - mas não tão grave quanto - ao fenômeno identificado na Venezuela submetida ao regime do "socialismo do século XXI".
Macri aposta em uma política diametralmente oposta à adotada também por Dilma Rousseff e Lula no Brasil, que buscam o aumento de impostos para superar a atual e séria crise atravessada pelo país. A volta da CPMF é uma das medidas visadas pela administração petista para o equilíbrio das contas governamentais, e não há qualquer hipótese discutida com o sentido de reduzir a enorme carga tributária nacional. Durante o momento difícil que o Estado vive, universidades estão em greve (como a UERJ) ou acabaram de sair de prolongados períodos de paralisação (como a UFRJ e a UNIRIO). A economia também é afetada negativamente pela incerteza provocada pelo processo de impeachment, mas a queda de Dlma Rousseff poderá levar ao poder um chefe de executivo que inspire mais confiança nos investidores do que a petista, envolvida no escândalo que provocou o colapso nos valores das ações da Petrobrás, a maior das estatais e empresa geradora de milhares de empregos.
Leia também os artigos sobre a nova política econômica argentina no Deutsche Welle e no Wall Street Journal
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QUE INVEJA DA ARGENTINA!
ResponderExcluirOs esquerdistas estão revoltados lá porque ele acabou com uma boa quantidade de "cargos de confiança"
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