Nelson Barbosa, sucessor de Levy Imagem: www.rc1490.com.br |
A agência de classificação de risco de crédito Fitch rebaixou notas de crédito de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, além dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro - o estado do Rio de Janeiro e o Maranhão também foram rebaixados. A queda nas classificações surge em momento de grave crise econômica no Brasil, no qual estados como o Rio de Janeiro já optaram por fazer os pagamentos de funcionários através do parcelamento dos vencimentos e o governo federal decidiu por cancelar concursos públicos para contenção de gastos. A crise levou à saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda e a uma forte alta do dólar, em decorrência da grande desconfiança dos investidores quanto à orientação econômica adotada pela administração petista.
A situação econômica do país se reflete no endividamento do país, que já supera os dois e meio trilhões de reais (já é superior aos R$2.680.000.000.000,00). Estados como o Rio de Janeiro estão sofrendo com greves em instituições de ensino - durante o ano, a UFRJ e a UNIRIO sofreram paralisações, assim como a UERJ, que acaba de passar por uma ocupação no campus Maracanã - e redução da capacidade de hospitais públicos. Rumores espalhados entre os funcionários públicos abordam uma possível paralisação das polícias no início de 2016. O endividamento do estado, conforme a agência, pode estar relacionado com a dependência que a economia do ente federativo tem com o petróleo, bem como aos elevados gastos públicos nos últimos anos.
O rebaixamento dos estados também é agravado, conforme a agência, pela propensão do governo federal a ampliar os gastos para lhes dar suporte, aumentando o endividamento do país e reduzindo a confiança na capacidade de pagamento do Brasil. O mercado também recebeu com desconfiança a troca de Joaquim Levy por Nelson Barbosa, que segue o pensamento econômico defendido pelo governo Dilma Rousseff, desenvolvimentista, ou que favorece o ampliamento de gastos governamentais para manter a economia aquecida. Levy foi duramente criticado por sua política de promover cortes de gastos pelos aliados do governo, que temiam cortes no principal programa do Partido dos Trabalhadores, o Bolsa Família. Nelson Barbosa, apesar de seguir a linha econômica da administração atual, já sinalizou mudanças importantes em sua atitude. Ele afirmou que pretende realizar reduções nos gastos e já discute aumentos na carga tributária para o próximo ano, como a volta da CPMF, para julho. Apesar da mudança, através do rebaixamento, uma das principais agências de classificação de risco de crédito sinaliza não ter grandes expectativas quando ao novo ocupante da pasta.
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