De acordo com vídeo disponibilizado pela jornalista Joice Hasselmann em seu canal oficial no Youtube, as proporções da dívida pública brasileira são muito maiores do que as descritas pelo governo Dilma Rousseff, antes do afastamento da ex-presidente: a petista havia anunciado que o déficit "não é de 96 bilhões de reais - Dilma mentiu. as proporções do déficit são de 170 bilhões de reais". A colunista explica que "o severo endividamento do governo ocorreu especialmente ao longo dos últimos governos da administração petista, nos quais grandes quantias de dinheiro público foram utilizadas, sem que houvesse uma arrecadação vultosa o suficiente para cobrir as despesas. O governo, ao mesmo tempo, emite títulos da dívida pública, sobre os quais são cobrados juros elevados, o que agravou ainda mais o problema".
Boa parte das despesas, como afirma a analista, estão relacionadas com funções essenciais do Estado, entre as quais estão o pagamento de aposentadorias, gastos com saúde pública e investimentos em educação, o que significa que não há um vasto leque de campos nos quais podem ser feitos cortes. Ainda assim, Hasselmann acredita que será possível reduzir os gastos em alguns pontos específicos - a oposição liberal ao governo sugere cortes de cargos comissionados - ou seja, cargos públicos de livre nomeação e livre exoneração, para os quais não são realizados concursos e que, em alguns casos, há pagamentos de salários significativos.
Joice Hasselmann também denuncia a "falsificação" do antigo governo a respeito das informações sobre a dívida pública - a colunista argumenta que "o governo Dilma, pouco antes de ser retirado do poder, destruiu arquivos físicos, fez com que funcionários apagassem informações de computadores e divulgaram informações erradas sobre o tamanho do problema, o que só possibilitou que a nova equipe econômica tivesse ciência de quais são os verdadeiros desafios neste momento". O site jornalístico "Diário do Brasil" publicou notícia no dia 28 de abril, com alegação similar: conforme o veículo de comunicação, a administração petista ordenou a "destruição de documentos" e que funcionários "apagassem rastros nos computadores" para prejudicar o governo que assumisse com o fim do mandato. O portal qualifica as ações como "terrorismo político".
Entre as obras apontadas pela oposição como algumas das mais importantes para a atual situação fiscal do país estão iniciativas associadas com os grandes eventos esportivos, nos quais tomaram parte empresas ligadas aos escândalos de corrupção que levaram à derrubada da antiga presidência, e até mesmo empréstimos feitos através do BNDES para governos que possuem aproximação ideológica com o Partido dos Trabalhadores, como os regimes de Cuba e de Angola. Ao longo dos dois últimos mandatos, o governo também tentou evitar a divulgação de informações sobre esses empréstimos, atribuindo a eles "cláusulas de sigilo", segundo o site jornalístico Gazeta do Povo.
Mais informações - assista ao comentário de Joice Hasselmann sobre o endividamento do Estado:
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