Integrantes do movimento conservador brasileiro, como o Deputado Federal Marco Feliciano, de São Paulo, elogiaram a extinção do Ministério da Cultura - para a oposição de direita ao governo, a pasta era empregada quase que exclusivamente com o objetivo de financiar artistas conhecidos como propagandistas da ideologia defendida pelo Partido dos Trabalhadores. O sucessor de Dilma Rousseff foi, todavia, criticado por simpatizantes da esquerda e personalidades da dramaturgia nacional, como Fernanda Montenegro, que alegou que "Temer irá pagar caro pela decisão".
Conforme o veículo de comunicação conservador "Terça Livre", o vice-presidente eleito pela militância petista realizou um "um ato louvável", parte de algumas das "ações pontuais de Temer que devem ser elogiadas". O jornalista e filósofo Olavo de Carvalho foi, ao longo da administração petista e também durante o governo anterior, social democrata, um dos maiores críticos do ministério - para o autor, grande parte das iniciativas financiadas com recursos do MinC eram "irrelevantes" ou sem qualquer possibilidade de serem qualificadas como "alta cultura". O escritor também argumenta que as obras patrocinadas quase sempre apresentavam viés ideológico claramente favorável aos partidos e projetos de poder de esquerda.
A oposição de direita também denuncia a irrelevancia de parte importante dos empreendimentos financiados através da "Lei Rouanet" - entre os quais, há a gravação de um álbum do cantor de "funk" chamado de "Mc Guimê", uma turnê do cantor sertanejo Luan Santana, uma turnê da banda "Detonautas" - da qual faz parte o músico Tico Santa Cruz, notório militante marxista - e espetáculos da cantora de "Axé" Claudia Leitte. Os conservadores e liberais argumentam que esses artistas possuem condições de financiar suas próprias campanhas, e que, na realidade, o propósito do uso de recursos do Estado em cada uma dessas iniciativas é obter o apoio de personalidades com grande exposição ou influência sobre o público - ou ao menos percebidos desta forma pelas lideranças do Partido dos Trabalhadores, recentemente afastado do poder pelo antigo aliado da sigla.
Na opinião da líder de oposição Beatriz Kicis, "não há necessidade de um ministério exclusivo para a cultura". Kicis afirma que as críticas da esquerda ao fim do ministério são irracionais e que "atores de filmes patrocinados pela Ancine estão entre os maiores críticos da decisão - alguns desses artistas receberam quase três milhões de reais do Estado brasileiro para isso. A resposta da sociedade a essas pessoas foi pronta, e a população já está denunciando a postura da classe artística, muito bem paga pela esquerda".
Assista ao programa do canal "Terça Livre", do Youtube, sobre a extinção do Ministério da Cultura:
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