domingo, 29 de maio de 2016

Batalhão de mulheres faz parte das linhas de defesa de Israel contra o Estado Islâmico, na fronteira do Sinai

Imagem: Abir Sultan / Forças de Defesa de Israel / Breitbart
O batalhão "lince-do-deserto", composto por mulheres do exército de Israel, é uma das principais forças do governo pró-ocidental contra o avanço das tropas do Estado Islâmico, na região de fronteira com a Península do Sinai. O batalhão foi formado no ano de 2000, com soldados homens e mulheres, que lutam lado a lado - todavia, mais de 60% da tropa é de militares do sexo feminino. Os veículos de comunicação Breitbart e NBC publicaram reportagens a respeito do batalhão hoje - ambos destacam o desafio simbólico feito por Israel contra o Estado Islâmico, conhecido pela violência contra as mulheres.

O canal norte-americano NBC News divulgou o testemunho da sargento Ben Tuvia sobre a movimentação de tropas do grupo terrorista Estado Islâmico na área próxima à fronteira de Israel com o Egito - de acordo com a reportagem, "enquanto a militar patrulha a fronteira, não há qualquer dúvida, em sua mente, sobre o acontecimento de futuros ataques do ISIS a partir do norte do Egito. Segundo ela, 'nós não fizemos ainda o reconhecimento visual de soldados do Estado Islâmico, mas eles estão na Península do Sinai e ameaçam Israel'". Recentemente, o portal Breitbart divulgou notícia sobre ataques realizados pelas Forças de Defesa de Israel contra os militantes do Estado Islâmico ativos na área, com uso de drones.

Conforme a reportagem da NBC, Ben Tuvia tem 21 anos de idade e é uma das mulheres que servem no batalhão "lince-do-deserto". Sua equipe foi a primeira a permitir a atuação conjunta de mulheres e homens no exército israelense. Antes da criação da unidade, mulheres não eram autorizadas a atuarem como soldados para confrontações abertas no país do Oriente Médio. De acordo com a sargento, "nós estamos preparados contra qualquer ataque. A investida pode ocorrer hoje, em um ano ou até mesmo em dois, mas nós estamos preparados e sabemos que isso vai acontecer. Nosso batalhão é forte".

O veículo de comunicação informa que o Estado Islâmico tem conseguido recrutar militantes no Egito, com grande sucesso e em números significativos, em decorrência dos conflitos políticos na nação - desde a queda da ditadura secularista inspirada pelo "socialismo árabe", a nação de maioria muçulmana vem tentando controlar a expansão de grupos extremistas islâmicos como o ISIS ou a Irmandade Muçulmana. O Estado Islâmico tem conseguido se expandir com sucesso no norte do Egito e em outros países africanos, como a Líbia, a Somália e a Nigéria, enquanto a Irmandade Muçulmana se mostrou uma força eleitoral capaz de ameaçar a estabilidade do vizinho de Israel.

A NBC acrescenta que o ISIS já arregimentou cerca de dois mil combatentes na região do Sinai - especialista das Forças de Defesa de Israel afirmam que o grupo pretende realizar um ataque contra as áreas protegidas pelo batalhão da sargento Ben Tuvia. A militar afirma: "estou orgulhosa de ser mulher, soldado, e de estar servindo aqui e afirmando que não tenho medo do Estado Islâmico. No final, não importa se o combatente é um homem ou uma mulher - se eu tenho uma arma, posso fazer a mesma coisa".

Michael Barak, integrante do think tank  "International Institute for Counter Terrorism", baseado em Israel, acredita que "o Estado Islâmico pretende lançar uma investida dramática contra as fronteiras de Israel, com o objetivo de melhorar sua popularidade". O ISIS já se aliou a ao menos um dos principais inimigos de Israel, o Hamas, em operações de tráfico de armamentos - ambas as organizações terroristas seguem a vertente salafista do islamismo.

Assista à reportagem da NBC sobre o batalhão "lince-do-deserto":



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