O jornalista e deputado federal pelo Paraná Paulo Eduardo Martins publicou vídeo em seu perfil oficial no Facebook onde argumentou a favor da extinção do "imposto sindical" - contribuição equivalente a um dia de trabalho do contribuinte, destinada à sustentação das organizações sindicais. Paulo Eduardo Martins, como outros líderes do movimento conservador brasileiro, afirma que os sindicatos são infiltrados e instrumentalizados pelos partidos políticos de esquerda, como parte da estratégia de "ocupação de espaços".
Para o jornalista, o imposto sindical é "um atentado contra a liberdade - a contribuição sindical obrigatória faz com que os trabalhadores tenham que doar um dia por ano de seu trabalho. Não é possível que as pessoas sejam forçadas a sustentar organizações ou pessoas com as quais elas não concordam - é uma questão de liberdade individual. Se você pensa que o sindicato [e os partidos e indivíduos colocados nos sindicatos] te representa, que é uma organização interessante para a sociedade ou da qual você precise para sua representação, você deve ter o direito de contribuir. Se você acha que não, então não pode ser forçado a isto".
Paulo Eduardo Martins declara que a principal resistência ao fim do imposto sindical vem da "indústria" dos indivíduos sustentados diretamente pelos sindicatos, e dos partidos políticos que apoiam a atual configuração das leis sindicais brasileiras. Ele acrescenta: "muita gente é contra porque isso fomenta uma 'indústria'. Há profissionais que vivem excusivamente do meio sindical, mas é preciso que o Brasil enfrente este problema. Nós não podemos mais conviver com uma estrutura arcaica, que foi desenhada para ser uma extensão do Estado, ainda no início do movimento trabalhista, e isto distorce muitos aspectos das lutas dos trabalhadores, e confere a organizações e partidos que não possuem genuíno apoio popular uma capacidade de mobilização artificial, que sequer representa aqueles que deveria, por sua constituição, representar".
A crítica do parlamentar é similar à de outras lideranças da direita contra as leis sindicais do Brasil, que favorecem a infiltração de organizações políticas de caráter autoritário nos órgãos de representação dos trabalhadores e facilitam o surgimento de uma categoria de "burocratas sindicais" profissionais, por vezes alinhados com governos de esuqerda, como ocorrido durante os anos das administrações petistas. Além da possibilidade de instrumentalização, os sindicatos contam com sistemas de monopólios, que impedem que sindicatos de categoria igual sejam criados, o que torna impossível a criação de organismos independentes e críticos a possíveis alianças entre o Estado e os grupos no controle dos veículos de representação dos trabalhadores.
Assista ao comentário de Paulo Eduardo Martins sobre o fim do imposto sindical:
Sobre a "ocupação de espaços" nos sindicatos - Paulo Eduardo Martins critica os sindicatos de professores e defende o projeto de lei que cria o programa "Escola Sem Partido":
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