O deputado federal Jair Bolsonaro, do Rio de Janeiro, participou do programa "Pânico no Rádio", da Jovem Pan. Na transmissão, Bolsonaro defedeu sua plataforma política, incluindo o direito à legítima defesa através do porte e posse de armas de fogo, o endurecimento de penas para criminosos, e também fez graves críticas à política de cotas adotada pelo governo federal. O político ainda destacou que pretende concorrer à presidência da república no pleito de 2018 - o líder conservador possui grande número de apoiadores nas redes sociais, e seus resultados melhoram a cada pesquisa de opinião.
No programa da rádio Jovem Pan, Jair Bolsonaro se defendeu das acusações de "apologia do estupro", feitas contra ele em decorrência do episódio em que disse que a deputada petista Maria do Rosário "não merece ser estuprada". Bolsonaro afirma que a declaração não foi apologia do crime, mas foi uma ofensa (uma injúria), que, segundo ele, é resposta aceita para o crime de calúnia (acusação injusta de um crime) cometido por Maria do Rosário - a petista afirmou, durante discussão, que Bolsonaro "era reponsável pelos estupros", e que ele seria um "estuprador", ao que o deputado respondeu com a ofensa.
Bolsonaro também argumentou, durante o programa de rádio, a favor da castração química para estupradores. De acordo com o político, o procedimento deve ser implementado de forma voluntária, e, caso os detentos aceitem se submeter ao processo, deverá ocorrer redução no tempo das penas. A castração química é realizada com medicamentos que tornam o estuprador impotente, ao longo do período em que deve cumprir a pena. Os entrevistadores argumentaram que o procedimento pode ser considerado "desumano", ao que Bolsonaro respondeu que é uma medida de proteção a toda a sociedade.
O líder conservador apontou contradições e injustiças na atual política de cotas adotada pelo governo federal: Bolsonaro afirma que é injusto conceder cotas a negros e deixar de fora do programa, por exemplo, os nordestinos, que, na opinião do deputado, "também são vítimas de inustiças e opressão". Bolsonaro argumenta que o sistema de cotas, como é implementado hoje, favorece de forma desigual apenas alguns dos grupos que sofreram, ao longo da história do Brasil. O integrante do PSC defendeu a extinção das cotas, e afirmou que o programa é "uma forma de incitação à luta de classes".
Assista ao debate com Jair Bolsonaro:
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