domingo, 22 de maio de 2016

Conselheiro da Guarda Revolucionária do Irã afirma: "podemos destruir Israel em menos de oito minutos"

Imagem: Breitbart / Agência de Notícias Fars
Ahmad Karimpour, conselheiro da unidade de elite "al-Quds" da Guarda Revolucionária do Irã, afirmou que a teocracia xiita pode "acabar com o regime sionista em menos de oito minutos". Karimpour disse que "tudo o que é necessário para isso é uma ordem do líder supremo". As declarações polêmicas do conselheiro do Estado foram divulgadas poucas semanas após o aumento das tensões da República Islâmica do Irã com a comunidade internacional, em razão da continuidade do programa de desenvolvimento de mísseis balísticos e tecnologia nuclear pelo regime dos aiatolás. A notícia foi publicada hoje pelos veículos de comunicação Breitbart e The Times of Israel.

Segundo o portal norte-americano Breitbart, "Ahmad Karimpour alegou que as forças armadas do Irã já possuem a capacidade bélica para 'destruir Israel', caso o líder supremo da teocracia, o aiatolá Ali Khamenei, dê ordens para isto. De acordo com o conselheiro da Guarda Revolucionária, 'se recebermos ordens do líder supremo, com as habilidades e os equipamentos que temos ao nosso alcance, já somos capazes de varrer o regime sionista em menos de oito minutos". A ameaça velada foi realizada pelo oficial na última quinta-feira, para a agência de notícias "Fars", porta-voz do governo fundamentalista.

O artigo disponibilizado no Breitbart acrescenta que as ameaças indicam novas situações de tensão entre o Irã e Israel porque "o Estado teocrático realizou testes bem-sucedidos com mísseis balísticos de alta precisão no último dia nove. Um general da Guarda Revolucionária fez pronunciamento onde garantiu que as armas tiveram um desvio de menos de dez metros ao atingir seus alvos, e que os dispositivos capazes de transportar ogivas nucleares têm alcance o suficiente para visar o Estado de Israel". Ao longo do ano de 2015, a República Islâmica do Irã realizou outros testes com mísseis balísticos, que foram celebrados pelos veículos de comunicação do regime. O governo avisou que pressões para o fim do programa de desenvolvimento de tecnologia bélica são "inaceitáveis", e que os mísseis são "a linha vermelha" da nação.

Confome o site jornalístico The Times of Israel, em desafio a Israel e à comunidade internacional, no mês de março, a República Islâmica realizou testes com dois mísseis balísticos nos quais foi inscrita a frase "Israel deve ser varrido da face da Terra". Representantes do governo americano envolvidos nas negociações a respeito do programa nuclear iraniano afirmaram que "o desenvolvimento de mísseis balísticos pelo Estado fundamentalista não é proibido, mas não é consistente com as alegações de que o uso da tecnologia nuclear terá fins pacíficos". A ONU também indicou que o país deveria ser "estimulado a não conduzir atividades relacionadas ao desenvolvimento de mísseis balísticos com capacidade de transporte de ogivas atômicas, incluindo lançamentos desse tipo de arma".

O veículo de comunicação israelense noticia que "o aiatolá Ali Khamenei, em diversas ocasiões, ameaçou 'aniquilar o Estado judeu'. O líder supremo da República Islâmica chegou a sugerir que 'em um intervalo de 25 anos, Israel irá deixar de existir'. A declaração foi divulgada através de conta oficial da personalidade mais importante do Estado autoritário no dia nove de setembro de 2015 - o clérigo também afirmou que 'Israel será perseguido até a sua destruição'".

Leia sobre os últimos testes bem-sucedidos de mísseis balísticos realizados pelo Irã - a teocracia classificou as armas como "de precisão absoluta"

Leia sobre as declarações do general iraniano Massoud Jazzayeri a respeito do programa de mísseis balísticos


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