domingo, 1 de maio de 2016

Delegação do grupo "Jihad Islâmica" organiza visita ao Irã para "fortalecer a intifada"

Militante do grupo antissemita 'Jihad Islâmica', na cidade de Rafah, durante manifestação contra Israel
Imagem: The Jerusalem Post / Reuters
O movimento terrorista "Jihad Islâmica", um dos grupos aliados ao regime iraniano mais atuantes na região do Levante, está organizando uma visita à República Islâmica do Irã para "fortalecer a intifada" - as ações militares e terroristas contra o Estado de Israel e seus cidadãos. Em março deste ano, o "Jihad Islâmica" foi acusado pelo veículo de comunicação Israel National News de promover campanha de incitação ao genocídio contra o povo judeu, durante manifestações públicas. A notícia sobre a visita do "Jihad Islâmica" ao Irã foi publicada hoje pelo site de notícias israelense The Jerusalem Post.

O site informa que "a visita do grupo será feita com o objetivo de discutir maneiras de fortalecer a intifada [contra Israel]. A delegação do 'Jihad Islâmica' será chefiada pelo secretário-geral do movimento, Ramadan Abdullah. A visitá deverá durar alguns dias, e incluirá encontros com com Hassan Rouhani, presidente do Irã". Ainda conforme o The Jerusalem Post, "veículos de comunicação palestinos afirmaram, neste domingo, que a delegação deverá discutir as ações da 'intifada' na Cisjordânia e na capital israelense".

Em comunicação oficial, a organização terrorista "Jihad Islâmica" declarou que irá, durante a visita, "encontrar, além do presidente Hassan Rouhani, o parlamentar iraniano Ali Larijani e o chefe do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Shamkani". O movimento alega que já realizou diálogos anteriores com outras lideranças importantes do Estado teocrático - uma delegação já enviada ao país xiita teria, recentemente, "estabelecido reuniões com o líder supremo da república islâmica, o aiatolá Ali Khamenei, e com o Ministro do Exterior do Irã, Javad Zarif". Nos encontros, o grupo terrorista diz ter abordado "as circunstâncias que prevalecem na nação islâmica, principalmente sobre a questão palestina e sobre maneiras de fomentar a intifada na Cisjordânia e em Jerusalém, contra o 'expansionismo sionista'".

A organização antissemita também abordou, nos encontros com a liderança do regime iraniano, "as tentativas de 'judaizar' a mesquisa Al-Aqsa e a necessidade de fornecer auxílio aos residentes da Faixa de Gaza, tendo em vista o bloqueio que já dura mais de dez anos". O site do jornal The Jerusalem Post afirma que o secretário-geral do Jihad Islâmica, Ramadan Abdullah, lançou nota à imprensa onde afirmou que "o auxílio do Irã ao povo palestino é de grande importânica", e que "deve-se cultivar um sentimento de humilhação e vexame diante da indiferença dedicada pelos países árabes à Palestina e ao seu povo oprimido". O Irã é acusado de financiar grupos terroristas ligados à vertente xiita do islam, como o Hezbollah e o 'Jihad Islâmica', enquanto a Arábia Saudita, de acordo com os representantes do Estado iraniano, é a principal financiadora de movimentos terroristas sunitas, como o Estado Islâmico e a Al-Qaeda.

A matéria disponível no Jerusalem Post ainda informa que "no último sábado, Ali Akbar Velayati, chefe do Centro de Pesquisa Estratégica do Conselho de Discernimento do Irã [órgão do Estado teocrático com função de aconselhamento para o 'líder supremo', Ali Khamenei], declarou: 'as campanhas lançadas pelo Ocidente para dividir o mundo islâmico irão falhar. O Irã continuará a apoiar os palestinos e continuará a lutar contra o terror e contra a entidade sionista [o Estado de Israel], com todos os outros Estados de fé maometana". O pronunciamento foi realizado durante reunião com o secretário-geral do 'Jihad Islâmica', Ramadan Andullah.

No dia 13 de março, os sites Pamela Geller e Israel National News publicaram matéria sobre a campanha de incitação ao genocídio lançada pelo movimento 'Jihad Islâmica'. O grupo financiado pelo Irã exortou os habitantes de fé corânica do Estado de Israel a "matarem os judeus em suas cidades". Na campanha, a organização também pediu que os militantes radicais fizessem "infiltrações terroristas" para "conferir força à atual intifada".




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