segunda-feira, 4 de abril de 2016

General iraniano ameaça governo dos EUA: "não tentem prejudicar o desenvolvimento de mísseis balísticos"

Míssil balístico iraniano: regime adverte Estados Unidos que restrições ao programa de armas capazes de transportar ogivas
nucleares será provocação intolerável
Imagem: Reuters / Farsnews
O general iraniano Massoud Jazzayeri lançou uma ameaça aos Estados Unidos, após o país ocidental pressionar a República Islâmica do Irã para o fim do programa de testes com mísseis balísticos: o militar avisou que "os cálculos feitos pelos EUA [a respeito das intenções iranianas para o desenvolvimento de armas nucleares] não estão inteiramente errados, e é melhor que não atravessem nossa 'linha vermelha'". A teocracia é acusada de preparar ogivas atômicas para mísseis balísticos que seriam usados contra Israel e as bases e aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio. A notícia sobre o desafio lançado pelo general foi publicada hoje pelo portal norte-americano Breitbart e pelo site do jornal israelense The Jerusalem Post.

Conforme o veículo de comunicação israelense, "o governo iraniano buscou, através do discurso de seu general, avisar os Estados Unidos de que qualquer tentativa de prejudicar o programa de mísseis balísticos da República Islâmica do Irã iria constituir uma 'linha vermelha' [ou seja, uma atitude que seria vista como uma provocação intolerável, capaz de desencadear uma reação violenta do regime extremista]". De acordo com o jornal, o general Massoud Jazzayeri ainda afirmou que "a Casa Branca deveria saber que as capacidades de defesa e e o desenvolvimento dos mísseis balísticos são elementos essenciais para a República Islâmica, e que qualquer tentativa de prejudicar o Estado nestes aspectos será vista como uma 'violação da linha vermelha'. Essa situação se torna ainda mais severa em um momento no qual conspirações e ameaças ao Irã estão ocorrendo sistematicamente, e não permitiremos que esses programas sejam violados por quem quer que seja".

O general Jazzayeri também acusou Barack Obama de "fazer promessas e quebrá-las, ao determinar que as sanções econômicas não serão eliminadas caso o Irã decida levar adiante seu programa de desenvolvimento de mísseis balísticos". No último mês, segundo o Jerusalem Post, a Guarda Revolucionária do Irã realizou testes bem-sucedidos com dois mísseis balísticos, que, de acordo com o regime, seriam capazes de atingir o território de Israel. As armas desenvolvidas são capazes de transportar ogivas nucleares - o Irã já ameaçou o Estado de Israel em outras ocasiões, e oferece apoio bélico e financeiro a movimentos que declaram ter por objetivo "varrer Israel do mapa", como o grupo neonazista Hezbollah.

Os lançamentos dos mísseis balísticos seguiram testes com diversas armas - o jornal israelense informa que "as demonstrações fizeram parte de uma série de exercícios militares da Guarda Revolucionária que teria o objetivo de 'exibir o poder de dissuasão do Irã, assim como sua capacidade de confrontar qualquer ameaça". O veículo de comunicação acrescenta que os mísseis balísticos disparados percorreram uma distância de 1.400 quilômetros - as áreas fronteiriças do Irã que se encontram mais próximas de Israel estão a aproximadamente 1.000 quilômetros de grandes centros urbanos do Estado judeu como Tel Aviv e Jerusalém.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas já ordenou que a República Islâmica pare o desenvolvimento de mísseis balísticos capazes de transportar ogivas nucleares, mas o regime insiste em afirmar que as armas possuem "unicamente a finalidade de dissuasão" contra as potências ocidentais e Israel.

Reportagem do Wall Street Journal - Iran realizou testes bem-sucedidos em março, apesar de advertências da comunidade internacional:




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