Conforme matéria publicada ontem, dia 28, no veículo de comunicação israelense Jerusalem Post, militantes do Estado Islâmico podem estar empregando Bitcoins para manutenção de atividades terroristas. O recurso está sendo empregado pela maior facilidade de uso, em áreas distintas das ocupadas tradicionalmente pela organização. A nova estratégia da organização terrorista também seria motivada pelo colapso do auto-intitulado "Califado", que foi efetivamente derrubado pela colaboração militar entre a Síria, a Rússia e os Estados Unidos, na região do Levante, contra os salafistas.
O movimento salafista, que perdeu diversas de suas cidades no "Califado", incluindo sua capital (a cidade de Raqqa, na Síria), segundo o Jerusalem Post, estaria obtendo Bitcoins através de esquemas de lavagem de dinheiro, que ainda estão em funcionamento na Palestina e mesmo no território dos Estados Unidos. A informação, de acordo com o veículo, é oriunda do Instituto Internacional de Contra-Terrorismo Herzliya (parte das Forças de Defesa de Israel - IDF). Os Bitcoins, de acordo com a reportagem, já estariam sendo empregados no financiamento de atentados terroristas. Outros grupos jihadistas também estariam seguindo essa abordagem.
Uma justificativa ideológica, de acordo com o artigo, utilizada pelos salafistas é "não apoiar o sistema financeiro dos países ocidentais". Ações de contra-terrorismo da comunidade internacional também estariam dificultando as ações terroristas que fazem uso das moedas convencionais - as operações anteriores e movimentações financeiras dos grupos extremistas poderiam ser mais facilmente identificadas, através dos diversos sistemas financeiros dos países-alvo dos militantes.
O Jerusalem Post acrescenta que os Bitcoins possuem uma vantagem significativa, em operações criminosas: "seu uso é feito de maneira anônima, que não pode ser rastreada, que não está sujeita à maioria das legislações e já tem alcance global".
Mais sobre o tema - reportagem sobre uso de Bitcoins em operações de lavagem de dinheiro, pelo veículo de comunicação Euronews:
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