quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Felipe Moura Brasil - "Preocupação legítima com crise migratória levou a resultado da eleição na Alemanha"

Em vídeo disponibilizado ontem, dia 26, no canal oficial da Rádio Jovem Pan, no Youtube, o jornalista Felipe Moura Brasil discutiu o resultado da eleição alemã, e afirmou que o crescimento do partido AfD é reflexo de preocupação legítima dos eleitores com a crise migratória. O comentarista destaca o grande gasto público gerado pela entrada descontrolada de refugiados do Oriente Médio em território europeu, assim como a infiltração de militantes de organizações extremistas como o Estado Islâmico, entre alguns dos fatores que fundamentaram a escolha dos eleitores da maior economia do continente.

Felipe Moura Brasil afirma: "embora Angela Merkel tenha conseguido mais um mandato, principalmente como consequência da estabilidade da maior economia do bloco europeu, o partido direitista 'Alternativa para a Alemanha' [AfD] ficou em terceiro lugar, com 12,9% dos votos e quase 90 representantes, entre os 631 do parlamento alemão". O jornalista afirma que a grande imprensa criticou o sucesso do partido como "um teste para a democracia alemã" - todavia, em sua opinião, os mesmos veículos da mainstream media foram incapazes de criticar o sucesso "do partido de extrema-esquerda, o 'Die Linke'". A agremiação destacada por Moura Brasil, "Die Linke" foi fundada por integrantes do antigo partido único da Alemanha Oriental, o "Partido Socialista Unido da Alemanha (SED)", que chefiou o regime comunista responsável por repressão e assassinatos de dissidentes políticos, até a queda do Muro de Berlim em 1989.

O jornalista informa que "o partido AfD, em sua fundação, se colocava como liberal na economia, contrário à União Europeia e conservador, nos aspectos sociais. Diante da crise migratória e de refugiados, o partido se dividiu - uma ala manteve a mesma postura anterior, pedindo apenas medidas de controle migratório mais duras do que a abertura indiscriminada de fronteiras apoiada por Merkel, considerando o risco de infiltração de terroristas. A outra ala do partido, mais barulhenta, adotou uma retórica anti-imigração e anti-islâmica - esse grupo acabou se tornando a face pública do partido, dada a pré-disposição de jornalistas [da mainstream media] para tomar a parte, geralmente minoritária, pelo todo, quando se trata de movimentos de direita".

Para o colunista, a ideologia "politicamente correta" adotada por Merkel pesa nas contas públicas, uma vez que o governo Alemão, assim como outros do bloco europeu, distribuiu sem critérios benefícios sociais a grande número de imigrantes ilegais e refugiados. Este fator, assim como a constante ameaça de militantes salafistas a civis em países da Europa Ocidental, teria sido um dos que impulsionaram o resultado favorável ao AfD.

Veja na íntegra - Felipe Moura Brasil discute resultado da eleição na Alemanha:




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