O endividamento dos estados pode ser ainda maior do que o publicado - a grave crise brasileira, acompanhada pelas enormes dificuldades de arrecadação, revelou as proporções das dificuldades das administrações regionais, e a situação fiscal pode estar sendo ocultada da população. Estados como o Rio de Janeiro passam por uma das mais graves crises da História, com o adiamento de pagamentos de funcionários concursados e mesmo o fim dos pagamentos a terceirizadas que atuam em instituições de ensino. Foram registrados erros contas de estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, que se destaca como um dos mais prejudicados.
De acordo com a Rádio Jovem Pan, a situação se agrava com os dados do desemprego, que é o mais grave em mais de uma década - já é superior a 11,8%, ou seja, atinge mais de 12 milhões de trabalhadores. O veículo de comunicação afirma ainda que apenas 14 dos 26 estados brasileiros estão com as contas em situação adequada. As administrações já pedem empréstimos ou juros mais baixos para efetuar o pagamento total ou parcial da dívida - alguns tiveram sua avaliação de risco de crédito piorada, nos últimos meses.
A situação da previdência também merece destaque: o rombo do sistema é de 18 bilhões de reais - a oposição afirma que é necessário realizar ajustes para acabar com injustiças e desproporções existentes na aposentadoria pública brasileira, que é comparada a um "esquema ponzi". Estados como o Rio Grande do Sul também passaram por situações onde os pagamentos dos funcionários públicos foram postergados, o que resultou em greves até mesmo entre os servidores das forças de segurança. O mesmo se no Rio de Janeiro, em momentos anteriores aos grandes eventos esportivos - o estado continua endividado, mas as principais manifestações de descontentamento tiveram menor intensidade, nos últimos meses.
O Brasil passa por um momento de controle do endividamento público, e as alterações incluem a tentativa de estabelecimento de um teto de gastos pelo governo. A reforma do sistema de previdência e a redução na quantidade de cargos comissionados - ou que não exigem a realização de concurso - deverão ser medidas aplicadas na tentativa aprimorar a capacidade do Estado para honrar dívidas, o que poderia atrair novos investimentos para o país.
Em vídeo - Jovem Pan comenta situação fiscal dos estados brasileiros:
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