Diante de mais uma acusação contra Luiz Inácio Lula da Silva - dessa vez, segundo o MPF, por uso de seu cargo no Executivo para favorecer empreiteiras em obras realizadas em países aliados do Partido dos Trabalhadores - a defesa do ex-presidente afirma que ocorre "perseguição política" contra o líder de esquerda. A defesa da mais importante personalidade da esquerda brasileira afirma que os investigadores estão "abusando da lei" para coagir Lula.
Conforme o jornal Folha de São Paulo, a denúncia já é a terceira contra o ex-presidente: a acusação mais famosa é a de recebimento de um apartamento triplex no litoral de São Paulo e de um sítio no município de Atibaia como forma de propina em consequência de favorecimento de grandes empreiteiras ligadas ao governo. A atual acusação aponta que Lula teria utilizado o BNDES para beneficiar a construtora Odebrecht em obras conduzidas em Angola - nação ideologicamente alinhada com a última administração.
As denúncias do Ministério Público Federa ainda indicam que Lula teria sido favorecido pessoalmente no sistema que levou recursos do BNDES à Odebrecht - o líder de esquerda, para a acusação, recebeu quantias por "palestras", que proferiu através da companhia LILS. Os recursos seriam forma de pagamento pelo tráfico de influência que favoreceu a empreiteira de Marcelo Odebrecht, já preso após ter sido apontado como partícipe do esquema, durante as investigações da Operação Lava Jato. As empreiteiras também foram, conforme a mesma versão, beneficiadas em obras feitas em Cuba e na Venezuela - países governados por outros partidos integrantes do Foro de São Paulo.
A acusação afirma que, apesar de os envios de recursos a Luiz Inácio Lula da Silva terem sido nominalmente justificados por realização de palestras, é possível que os repasses tenham sido recompensa pelo favorecimento ilícito às companhias associadas - no caso, à Odebrecht. A companhia também teria participado na reforma de uma das propriedades atribuídas ao antigo chefe do Executivo.
Conforme a rádio Jovem Pan, a defesa de Lula argumenta que o juiz Sérgio Moro faz "perseguição política" contra o petista, e que os investigadores da Operação Lava Jato estariam "abusando da lei". Todavia, a rede de comunicação aponta que as teses da defesa foram negadas pelo Supremo Tribunal Federal.
Mais sobre o tema- reportagem da Jovem Pan sobre as novas acusações contra Lula:
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