domingo, 9 de abril de 2017

Rússia ameaça iniciar guerra com EUA, caso Síria seja atacada novamente

O governo russo, através do parlamentar Mikhail Emelaynov, sugeriu que poderá ocorrer uma guerra entre os Estados Unidos e a potência eurasiática caso o regime sírio de Bashar al-Assad sofra novo ataque das forças armadas americanas. Conforme notícia divulgada hoje pelo site de notícias norte-americano World Net Daily, o governo do Irã também alertou que irá, em conjunto com a Federação Russa, "responder com força" a uma agressão ao regime de Assad, acusado de utilizar armas químicas contra populações civis em áreas ocupadas por rebeldes jihadistas.

A declaração dos governos da Rússia e da República Islâmica do Irã foi realizada após ataques com mísseis Tomahawk, lançados pela marinha americana contra bases militares do governo sírio, poucos dias após a utilização de armas químicas que resultou na morte de civis (incluindo crianças) na área de Khan Sheikhun, no noroeste do país aliado do regime de Putin. O governo sírio teria utilizado as armas de destruição em massa, conforme observadores internacionais, como parte de sua estratégia de extermínio de tropas rebeldes jihadistas, que ainda controlam parte significativa do país. O governo americano havia advertido a Síria sobre a possibilidade de retaliações, caso Bashar al-Assad fizesse uso de armas químicas mais uma vez - o regime é acusado de ter agido de forma similar durante os primeiros anos da guerra civil, especificamente, em 2013, na área de Ghouta.

Conforme a reportagem do World Net Daily, "a Rússia e o Irã advertiram os Estados Unidos de que deverão 'responder com força' caso suas 'linhas vermelhas' sejam desrespeitadas, na Síria. Logo após o ataque das forças americanas contra uma base aérea do regime de Assad - feito como retaliação ao uso de armas químicas na cidade de Khan Sheikhoun no início da semana - a aliança que apóia Bashar al-Assad fez uma declaração conjunta ameaçando o início de ação militar em resposta a 'qualquer violação de nossos objetivos estratégicos, vinda de qualquer um'. As nações aliadas do regime sírio destacaram que a ação dos Estados Unidos foi uma violação que não será mais tolerada, e que 'terá resposta', a partir desse momento". Os governos da Rússia e do Irã acrescentaram que "os Estados Unidos 'conhecem bem' a capacidade de resposta dos aliados do regime de Assad".

Apesar das críticas severas à ação americana, o governo Trump advertiu, com antecedência, o governo russo sobre a realização dos ataques com mísseis contra a base aérea de Assad. A comunicação teve o objetivo de prevenir a destruição de aparato militar russo, e diminuir o número de baixas entre as forças pró-Assad. O governo americano argumentou que a ação foi necessária como "advertência" ao regime, para que ações com armas químicas não voltem a acontecer. Apesar dos esforços da comunidade internacional no sentido de eliminar as armas químicas do arsenal sírio, o ataque realizado pela ditadura - com emprego do gás tóxico Sarin - deixou mais de 80 mortos.

Mais sobre o tema - reportagem do veículo norte-americano InfoWars sobre a escalada das tensões entre Estados Unidos e Rússia:



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