quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Ataques russos enfraquecem Estado Islâmico e mudam a guerra a favor de Assad

Imagem: CNN
A intervenção russa na guerra síria está mudando o conflito a favor de Bashar Al-Assad, destruindo equipamentos e retirando de combate soldados da organização terrorista Estado Islâmico. A BBC noticia que os apoiadores do regime de Assad "estão felizes com a presença russa no país", que já devolveu inúmeras regiões ao controle do líder do partido Baath. Conforme a agência de notícias britânica, é possível perceber a mudança em todas as ruas e cidades do país, onde podem novamente ser vistos símbolos do governo, como a bandeira tricolor, do modelo usado pelos Estados que seguem o nacionalismo árabe - vermelho, branco e preto. Vladimir Putin transformou a guerra síria em um assunto particular seu, especialmente após o episódio no qual cidadãos da Federação Russa foram mortos na derrubada de um avião por combatentes do Estado Islâmico.

Bashar Al-Assad foi recentemente à Rússia para agradecer a Putin pela intervenção militar em seu país, mas a agência CNN reporta que o encontro mostrou certa frieza por parte do governante russo, que declara apoiar a transição do governo de Assad para um modelo mais democrático, ainda que no momento defenda o líder sírio, em vista das ameaças aos interesses russos na região e da possibilidade da temida conquista do ISIS de mais países próximos. Putin também precisa lidar com grupos ligados ao Estado Islâmico em seu país, principalmente na região da Chechênia. Extremistas maometanos realizaram ao menos um ataque terrorista no território russo ao longo das últimas décadas, e motivaram ações agressivas por parte das forças de segurança.

A Rússia é a segunda maior força militar do mundo, a primeira da Europa, e conta com mais de dois milhões de soldados na ativa, e um vasto aparato técnico de alta efetividade, já testado por diversos conflitos internacionais, como os tanques da série T, os caças Sukhoi e fuzis de assalto de ponta, como o AN (Avtomat Nikonov), uma versão aprimorada do fuzil Kalashnikov que é capaz de disparar dois projéteis simultaneamente, e foi especialmente desenvolvido para uso contra forças militares equipadas com coletes balísticos. A intervenção russa no conflito criado pelo ISIS já provocou perdas em homens e logística importantes para a organização - vídeos dos ataques russos estão amplamente difundidos pela internet, onde pode se perceber a superioridade material e tática do exército da nação eurasiana. Putin não apenas oferece um inimigo formidável ao Estado Islâmico por suas tropas: o governante também possui uma vasta rede de inteligência militar a sua disposição (a GRU) e possui aliados políticos e militares poderosos, como Israel, país com o qual o líder russo tem buscado importante parceria para futuras ações militares contra os militantes terroristas.

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Para ler mais sobre a mudança favorável a Assad no conflito sírio, leia a BBC

Para ler mais sobre os objetivos de Putin na Síria, veja o vídeo da CNN


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