sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Brasil registra a maior inflação em mais de uma década

Em meio à crise, Levy deixará o governo
Imagem: http://goo.gl/hvWtT2
O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), prévia da inflação oficial no Brasil, alcançou em dezembro a maior alta em 13 anos - o índice subiu 10,71%, valor mais alto registrado desde 2002. O ano de 2015 também registrou queda de 11,2% na atividade industrial, fazendo este o pior ano para economia Brasileira desde o início dos governos petistas. O IPCA-15 deste ano foi o mais alto para dezembro desde o mesmo mês de 2002.

Os ítens que mais influenciaram o aumento da inflação foram os preços dos transportes, com alta de 1,76%, e alimentação - 2,02%. Os estados também estão aprovando aumentos de impostos, como o ICMS, e entes federativos deverão aprovar a ampliação da carga tributária em janeiro de 2016. O Governo Federal também discute a volta da CPMF para junho do próximo ano, o que deve impulsionar a alta dos preços para o consumidor. O volume de impostos pagos no Brasil já corresponde a 36,4% do PIB nacional, conforme o jornal Gazeta do Povo, o que não se reflete em melhoria na qualidade dos serviços públicos. Apesar da proporção dos recursos cobrados, neste exatmo momento, instituições de ensino público estão paralisadas no país por falta de pagamento - como a Universidade do Estado do Rio de Janeiro -, e o governo adota medidas de parcelamento no pagamento de salários para concursados, terceirizados e de bolsas para estudantes.
Aumento da Carga Tributária desde a década de 80
Imagem: Gazeta do Povo 

 A situação econômica do país se agrava pelo distanciamento de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda, no momento da série crise econômica e política. O anúncio da saída do ministro ocorre após o rebaixamento do grau de investimento do Brasil pela agência Fitch e pelo descumprimento da meta de redução de gastos proposta pelo economista. Levy foi substituído pelo ministro do planejamento, Nelson Barbosa, após afirmar que permaneceria no governo apenas até o fim do ano, mas não participaria da primeira reunião do Conselho Monetário Nacional de 2016. O ministro foi duramente criticado por partidos de esquerda aliados ao PT por sua orientação a favor da reponsabilidade fiscal, e foi criticado pelo governo Dilma por sugerir o corte de gastos que, para a administração petista, poderia significar cortes no orçamento de programas como o "Bolsa Família". Na opinião de Levy, as críticas são infundadas, e ele pensa que este discurso é "esconder-se atrás do programa".

A demissão de Levy e o processo de impeachment causam preocupação nos investidores, assim como a sucessão por Barbosa. que é visto com desconfiança pelo mercado por sua lealdade ao modelo econômico petista.

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