sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Salafista americano é condenado a 30 anos de cadeia por tentar se unir ao Estado Islâmico

Nader Salem Elhuzayel, extremista que vivia nos Estados Unidos, foi condenado a trinta anos de cadeia por tentar se unir ao Estado Islâmico. O militante residia no estado da Califórnia, na cidade de Anaheim - ele também é acusado de criar um sistema de financiamento ilegal para seu projeto de ingressar no auto-intitulado "califado". A notícia sobre a prisão de Nader Elhuzayel foi publicada hoje pelo portal de notícias Pamela Geller.

Conforme o site jornalístico, "o homem que tentava viajar para se unir ao Estado Islâmico foi condenado a trinta anos de cadeia, na segunda-feira, por conspirar para fornecer auxílio à organização terrorista. O militante também foi condenado por estabelecer um sistema de financiamento ilegal para sua jornada. O juiz que condenou Nader Elhuzayel, David O. Carter afirmou que o criminoso 'não apresenta qualquer sinal de arrependimento por seus atos. Ele apenas exibe vontade de participar em assassinatos e destruição'".

O juiz, conforme o veículo de comunicação, afirmou que Elhuzayel parecia convencido da necessidade de praticar um ato de "martírio" - expressão utilizada pelos militantes do Estado Islâmico para descrever a estratégia de "ataque suicida" com bombas, também utilizada pela Al-Qaeda e por outras organizações extremistas de doutrina similar. O juiz enfatizou que "o que choca o tribunal é a clara vontade de Elhuzayel de morrer [em nome do Estado Islâmico]". A família do militante, todavia, discorda do entendimento do juiz, e afirma que Nader sempre foi "um homem amante da paz" e que "não há qualquer forma de justiça nos Estados Unidos". Os familiares ainda qualificaram a condenação de Nader Elhuzayel a trinta anos de cadeia por colaboração com o Estado Islâmico como "uma aberração da justiça".

A procuradora Judith Heiz afirmou que "o caráter sombrio das ações de Nader ficou claro durante a defesa do 'martírio', feita no tribunal". Na opinião da acusação, "não é possivel menosprezar a monstruosidade dos crimes cometidos pelo condenado". A organização auxiliada, em nome da qual o réu desejava cometer "martírio", é acusada pela União Europeia e pela ONU de crimes de genocídio contra a minoria iazidi e contra os cristãos, assim como por homicídios contra homossexuais e pelo tráfico de escravos - autorizado pela interpretação salafista da lei corânica.

Mais sobre o tema - reportagem da rede de televisão NBC sobre o caso:



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