sexta-feira, 16 de junho de 2017

Para jornalista, "JBS sempre teve relação com cúpula do poder"

Em vídeo disponibilizado em seu canal oficial no Youtube, a jornalista Joice Hasselmann abordou a proximidade entre a companhia JBS e a elite do poder Estatal brasileiro - de acordo com a autora, a organização sempre teve grande influência sobre integrantes dos poderes Judiciário e Legislativo. A colunista ainda acrescenta que ao menos uma personalidade da mais alta corte nacional já recebeu recursos da companhia, envolvida em escândalos de corrupção investigados na Operação Lava Jato. A matéria foi publicada no último dia 14, quarta-feira.

Joice Hasselmann afirma que "a J&F e a JBS sempre tiveram relação íntima com o ato núcleo do poder - seja o Executivo, o Legislativo ou o Judiciário". Executivos das organizações foram acusados de envolvimento em sistema de corrupção que ajudou a financiar políticos de destaque, incluindo a chapa da ex-presidente Dilma Rousseff, através de conquista de apoio através de benefícios econômicos - o escândalo foi revelado pela Operação Lava Jato. Ainda conforme Hasselmann, "hoje, a Folha trouxe uma informação que caiu como uma bomba sobre Gimar Mendes - presidente do TSE, que livrou a chapa Dilma-Temer de punição. A informação é a seguinte: o instituto de educação de Gilmar Mendes (que tem ele como sócio) recebeu dinheiro, e muito dinheiro, da J&F, controladora da JBS".

De acordo com a reportagem divulgada pela jornalista, "pelo menos dois milhões e cem mil reais foram garantidos para patrocinar eventos, fazer propaganda - há um monte de justificativas para a transferência desses recursos. O fato é: o instituto de Gilmar Mendes recebeu dinheiro desta empresa, que firmou o maior acordo de delação premiada desta parte do mundo - um acordo em que, depois de crimes cometidos ao longo de anos, com participação de figuras do Legislativo, Executivo e Judiciário, os donos da organização tiveram a chance de viver fora do país, gastando uma fortuna criada a partir de recursos públicos".

Joice Hasselmann também informa que o instituto de educação "assegura que devolveu 650 mil - ou seja, falta quase um milhão e meio. Foram dois milhões e cem mil reais, pelo menos, em recursos que foram dados pela J&F para esse instituto". A jornalista questiona se pode ser considerada correta a transferência de recursos para uma organização que "tem um ministro como sócio, a partir de uma empresa que, todos sabiam, possuía estreitas ligações com os governos do PT".

Veja na íntegra - Joice Hasselmann comenta escândalo de corrupção que envolveu a JBS e cúpula do poder Estatal:



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