sábado, 22 de abril de 2017

Líder republicano afirma que lei desarmamentista francesa "nunca se aplica a terroristas"

Conforme Newt Gingrich, parlamentar norte-americano do estado da Georgia pelo Partido Republicano, "a França possui uma lei desarmamentista muito forte, mas que não é aplicada aos terroristas". O político conservador fez a afirmação durante o programa "Outnumbered", da rede de televisão Fox News, na última sexta-feira - a crítica de Gingrich às leis de "controle de armas" da França foram motivadas pelos novos ataques do grupo terrorista Estado Islâmico no território do país europeu. A declaração de Gingrich foi publicada em reportagem do veículo de comunicação norte-americano The Blaze, ontem, dia 21.

Na opinião do republicano, "os ataques terroristas merecem algumas observações: a França possui leis desarmamentistas muito fortes, e, por alguma razão, essas leis jamais são aplicadas com sucesso aos terroristas. O segundo ponto é que o criminoso [responsável pelo último ataque do ISIS] já havia baleado um policial no ano de 2001, o que significa que ele já estava envolvido em atividades criminosas antes de ir para a cadeia [e que a estratégia de segurança pública francesa fracassou]".

Gingrich também criticou a política de imigração em massa adotada pela União Europeia, e a recusa dos governos do bloco em estabelecer um programa de assimilação cultural que possa controlar ou atenuar a atividade de grupos extremistas. O republicano mencionou o resultado da imigração em massa para áreas de "guetos" em cidades francesas, que consiste na existência de comunidades onde a atividades de grupos fundamentalistas não é devidamente rejeitada. Ele acrescenta: "a questão não é 'aceitar ou não aceitar a imigração'. É 'aceitar a imigração de pessoas que se recusam a uma adaptação à cultura do novo país'. A culpa pelo problema atual é dos próprios europeus, que estão descobrindo que sua abordagem para a imigração não funcionou",

O grupo extremista Estado Islâmico foi responsável pela morte de mais de cem pessoas na França, através de assassinatos em massa coordenados por soldados do grupo ou mesmo pela ação dos chamados "lobos solitários" - indivíduos que abraçaram o credo extremista sem o apoio de células maiores de militantes. O ISIS estimula os simpatizantes do salafismo a cometerem ataques contra integrantes de outros grupos religiosos, como os judeus e os cristãos, através do uso de armas de fogo, armas brancas ou mesmo de carros (como nos ataques realizados em Marselha e na Alemanha, durante o Natal). Em novembro de 2015, na pior onda de ataques em território francês, o Estado Islâmico foi responsável por 130 assassinatos - com uso de fuzis kalashnikov, contrabandeados.

Em vídeo - Newt Gingrich discute ataque terrorista de 2016 em Nice (vídeo disponibilizado com legendas em português pelo canal Tradutores de Direita):


Mais sobre o tema - Felipe Moura Brasil discute terrorismo e controle de fronteiras:



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